por Rosemeire Zago
Vamos entender cada uma dessas definições:
Heterossexual, refere-se a pessoas cujos sentimentos sexuais e afetivos são na maioria dirigidos a pessoas do sexo oposto.
Homossexual ou gay ou lésbica refere-se a pessoas cujos sentimentos sexuais e afetivos são na maioria dirigidos a pessoas do mesmo sexo.
Homofobia refere-se à incompreensão, à ignorância e ao medo que a sociedade expressa em relação aos gays, às lésbicas e aos bissexuais.
Lésbicas, refere-se às mulheres que são homossexuais.
Bissexuais ou bi, refere-se a pessoas cujos sentimentos sexuais e afetivos são dirigidos a pessoas de ambos os sexos.
Neste texto, a palavra gay é usada de forma a incluir homossexuais e bissexuais, tanto homens como mulheres. Mas a palavra lésbica é como as mulheres homossexuais preferem ser identificadas.
Existem portanto três formas predominantes de orientação sexual: a mais praticada que é a heterossexualidade, seguida da bissexualidade e da homossexualidade.
Como lidar com cada uma delas?
Da mesma forma que se trata da heterossexualidade, ou seja, aceitando, buscando informações e identificando as crenças que se aprendeu desde criança sobre a sexualidade, principalmente quem teve uma educação autoritária e religiosa, fazendo com que a criança acreditasse desde muito cedo, que sexo é sujo e sua prática, que não seja para a reprodução, é pecado.
Estas crenças podem trazer muitas seqüelas como humilhação, vergonha, dificuldade de assumir e aceitar-se enquanto ser humano com suas necessidades.
Se você ainda está confuso, se têm dúvidas sobre sua sexualidade, é melhor dar mais um tempo, pois a confusão de sua cabeça pode provocar confusão ainda maior na cabeça das outras pessoas, sobretudo em sua família, que nem sempre aceita facilmente. Nunca assuma sua homossexualidade como forma de agressão ou vingança, num momento de raiva.
Se ainda tem sentimentos de culpa, se acha que está errado, que sua forma de amar é pecado e se têm períodos de depressão, é melhor resolver primeiro seus conflitos internos, assumir-se mais em outros ambientes antes de abrir o jogo com a família. Para enfrentar esta barra, você precisa estar muito seguro e ter uma auto-imagem bem positiva de sua própria homossexualidade ou bi. Auto-estima é indispensável para ser feliz.
Pais
Se você tem um filho adolescente, torna-se muito importante compreendê-lo. Jovens homossexuais que são isolados pelos seus pais apresentam uma incidência de suicídio e de abuso de drogas e álcool comparativamente alta. Alguns adolescentes se protegem afastando-se e colocando a maior distância possível entre eles e seus pais.
Muita gente ignorante afirma que todo homossexual é um doente físico ou mental. A ciência diz o contrário: é normal ser homossexual. O próprio Freud, o pai da psicanálise declarou: "A homossexualidade não é nada que alguém deva envergonhar-se. Não é vício nem degradação. Não pode ser considerada doença!"
O Conselho Federal de Medicina desde l985 retirou a homossexualidade da lista dos desvios sexuais. Tanto as ciências naturais como as psicossociais confirmam: nada distingue um gay ou lésbica dos demais cidadãos, a não ser que os homossexuais amam o mesmo sexo, enquanto os heterossexuais preferem o sexo oposto, e os bissexuais curtem os dois sexos.
Ninguém pode ser obrigado a submeter-se a exames médicos ou tratamentos psicológicos visando mudar sua 'orientação sexua'". Castigar crianças ou adolescentes por manifestarem tendências homoeróticas é crueldade e fere o Estatuto da Criança e do Adolescente e um direito fundamental de todo ser humano: a livre orientação sexual. Como a homossexualidade não é crime nem doença, impedir alguém de realizar sua verdadeira orientação sexual é tirania, crueldade, abuso do poder e desrespeito aos direitos humanos. Nunca pratique nem se submeta a esta discriminação.
Há muitos estilos de vida, várias formas de viver suas preferências sexuais. Todos têm direito de viver como querem, desde que respeitando o mesmo direito dos outros.