por Emilce Shrividya
Todos os estados mentais negativos são obstáculos à nossa paz e felicidade. As emoções como raiva, orgulho, ódio, ganância, avareza, intolerância podem toldar nosso discernimento, causar extremo desconforto e conflitos em nossos relacionamentos pessoais.
Como todos nós já ficamos zangados e com raiva, temos a experiência própria que a raiva não nos faz feliz. Quem pode ser feliz sentindo irritação constante, alimentando ódio ou tendo explosões de raiva? Ninguém.
Quando um pensamento muito forte de raiva surge dentro de nós, naquele mesmo instante, ele nos domina e destrói nossa paz. Sufoca nosso cérebro, nossa capacidade de distinguir o certo do errado assim como as consequências de nossas palavras e ações.
Temos que entender que essas emoções perturbadoras são nossos verdadeiros inimigos. Elas Impedem nossa evolução espiritual. São os maiores obstáculos para o desenvolvimento da compaixão, da bondade, da generosidade, pois destroem nossas virtudes e tranquilidade.
O verdadeiro campo de batalha não está fora de nós, e sim, dentro de nós. Portanto, devemos bloqueá-las de imediato, usando seus antídotos. Não podemos superá-las simplesmente suprimindo-as. Precisamos cultivar, constantemente, os antídotos da raiva: a paciência e a tolerância.
Para sermos capazes de cultivar a tolerância e paciência, precisamos sentir o entusiasmo de alcançar nosso propósito. Quanto maior nossa determinação e um forte desejo de desenvolver essas virtudes, maior será nossa capacidade para suportar as dificuldades.
Quando nossa mente fica influenciada por emoções aflitivas, nós nos sentimos desconfortáveis, nervosos e infelizes. Portanto, não deveríamos permitir que tais emoções fossem geradas, mas se elas surgirem é importante observarmos nossos pensamentos e termos vigilância sobre essas emoções para afastá-las tão logo elas apareçam.
Assim, que percebermos que estamos criando uma emoção perturbadora, devemos pensar na qualidade oposta para gerar uma atitude contrária. Por exemplo, quando estivermos zangados, precisamos cultivar a tolerância e compreensão; quando sentirmos orgulho, precisamos cultivar amor.
O antídoto básico é a sabedoria em compreender que essas emoções nos aprisionam e que devemos nos libertar dos venenos dos apegos e da raiva.
Se não conseguirmos afastar da mente uma emoção aflitiva, podemos nos acalmar com algumas inspirações e expirações, beber um copo de água, sair para dar uma volta.
Podemos fazer um relaxamento com uma musica zen. E, o que funciona muito para dissolver a raiva, é repetir mentalmente, várias vezes, um mantra como Om Namah Shivaya, que significa: “Eu honro Deus que habita em mim”.
Pode repetir mentalmente frases como: “Eu sou a presença de Deus em ação”. “Senhor, fazei de mim, instrumento de vossa paz”. Perceba que quando pensar em Deus, com certeza, você se acalmará.
Quando a raiva está no corpo, ninguém raciocina bem. Por isso, é preciso esperar que todos estejam calmos. Vale a pena dominar essas emoções aflitivas e nos libertar dos grilhões da raiva. Quem sai vitorioso desse processo contra a raiva é um verdadeiro herói e vencedor de si mesmo.
Namaste! Deus em mim saúda e agradece Deus em você! Fique em paz!