Desde pequena a Criança escuta dos pais que algo é certo ou errado, e geralmente é recompensada por fazer o certo, ou castigada quando erra.
Cumprir expectativas dos pais, da família, da sociedade, significa ser aceita e consequentemente garantir sua sobrevivência.
Alguma dúvida de que ela vai querer ser perfeita?…
Além dessa crença, somos bombardeados o tempo todo por mensagens e pressões para seguirmos padrões, o que aumenta a culpa e a baixa autoestima, quando não alcançamos o resultado esperado.
Mas afinal, o certo ou errado são relativos, não é mesmo?
Dependendo do ponto de vista, podemos mudar conceitos, opiniões e criar novas opções. A beleza da vida está justamente nas infinitas possibilidades e não nos padrões. Cada um de nós é um ser único com suas próprias habilidades e características que quando expressas livremente, contribuem com o todo.
Já pensou se todos fizessem sempre a mesma coisa do mesmo jeito?… Qual seria o crescimento da humanidade?
Não estou falando de fazer o que se bem entende, sem critérios, sem respeito pelo próximo, mas sim de se permitir dar uma resposta espontânea e apropriada, sem repetir um padrão condicionado.
Quando a Criança recebe limites protetores que falam de amor, de cuidado e não de repressão, ela é capaz de se expressar livremente, sem medo de não agradar, pois o amor-próprio está acima da necessidade de ser amada. Caso ela não tenha desenvolvido esta segurança, este é o momento de construir este aspecto Protetor interno e se libertar das culpas e exigências de seu enredo, perguntando a si mesma:
– Como posso me permitir experimentar?
– No que eu mesma acredito?
– O que faz sentido pra mim?
Dessa forma se enxerga como um indivíduo capaz de se manter, de se fazer feliz, sem que precise “comprar” o afeto de outrem. Ao invés de um devedor, sente- se pleno em sua essência!