O signo de Câncer traz consigo o poder da lua, do feminino, da maternidade. A maternidade não está no gerar, está no maternar, cuidar, alimentar e nutrir.
Câncer na astrologia tradicional regem os seios, nossa primeira fonte de alimento físico e nutrição emocional.
Ao observar o sol passando por esse signo, podemos trazer luz a questões relacionadas ao passado, às mulheres de nossas vidas, ou ainda à nossa forma de perceber carinho e afeto, estando abertos ou não a receber – Câncer é representado por um caranguejo, com a casca dura e garras sempre prontas a revidar qualquer suspeita de ataque ao seu espaço.
Jung nos ensina sobre os complexos maternos que carregamos em nossa psique, e como esse complexo molda muito de nossos comportamentos.
A mãe, para o homem, tem um caráter simbólico cuja idealização se faz presente. No homem identifica-se com o “filho” da Grande Mãe, que na mitologia sempre aparece ao lado dela (Jesus e Maria, Isis e Hórus), ou seja aquele que ficou preso à mãe. Homens metidos a Don têm a imagem da mãe como a mulher perfeita, que não possui defeito e que está sempre de prontidão para atender aos seus desejos. Logo, não há outra como ela no mundo.
Na mulher, o complexo materno poderá incentivar exageradamente o instinto materno ou inibi-lo profundamente. Atendo várias cancerianas, ou pessoas com posicionamentos intensos nesse signo como (Sol, Lua, ascendente ou uma casa 4 cheia) que, apesar de serem extremamente cuidadosas, atenciosas têm questões dilemáticas sobre ter ou não filhos e suas relações com suas próprias mães.
Quando essas mulheres têm filhos, a ideia que não são boas o suficiente as persegue de forma intensa. Como se carregassem a memória ancestral de milhares de mulheres (Câncer é o guardião da memória e do passado), que se sacrificaram pela família, que tinham mais tempo, mais amor, mais condições, que eram melhores mães, e hoje com os desafios do nosso tempo, se veem sem corresponder a essa imagem que carregam hoje, e que certa forma é idealizada.
Modelo de mãe
No nosso modelo civilizatório, o modelo de Mãe – Modelo é a Virgem Maria, uma mulher extraordinária, em que a concepção do filho divino também foi mágica. Como podemos nos comparar a ela? Estaremos sempre aquém.
Temos nas mitologias, várias Mães – Maria, Isis, Afrodite, Kali, Oxum, Freya, Iemanjá, Deméter, Hera, Pacha Mamma. Enfim, uma infinidade de tipos de maternidade para um universo tão vasto. No mapa natal podemos perceber essas relações e ainda encontrar formas de constelar esses complexos e nos tornarmos seres mais plenos, conscientes e felizes. Escolha a sua mãe e abrace aquela que te acolhe.