por Roberto Shinyashiki
Quem está próximo dos 40 anos de idade e está fora do mercado de trabalho muitas vezes já deve ter questionado como será a evolução da carreira daqui pra frente.
Apesar de muitas empresas resistirem em contratar profissionais com mais de 40 anos, conseguir uma recolocação não é uma tarefa impossível.
Mas as pessoas precisam estar abertas a novas possibilidades e dispostas a romper barreiras. É muito mais comum do que se imagina pessoas se sentirem envergonhadas por estarem desempregadas. Não se esconda. Pelo contrário, use a sua rede de contatos e peça ajuda aos amigos. Converse, ligue, saia da frente do computador, interaja com os mais jovens e mostre interesse.
Outro ponto fundamental é ser humilde. Eu, constantemente, recebo ligações de amigos que estão desempregados. Só que quando eles falam que estão desempregados, automaticamente, estão fechando uma vaga. Nesse mundo onde vivemos com tantos amigos desempregados, a tendência é cuidar dos que precisam voltar ao mercado de trabalho. A minha dica é: peça ajuda com humildade e fale que realmente precisa da indicação.
O segundo erro é fazer o currículo muito focado no passado. É preciso preparar algo bem direcionado, estudar a empresa para a qual enviará o material e mostrar que tem todas as competências para preencher a vaga que está em aberto. E quando fizer a entrevista é importante que a pessoa se esqueça dela. O recrutador está preocupado em resolver o problema da empresa, não o do candidato. O interessado precisa mostrar que tem capacidade para contribuir com a evolução da empresa e de realizar metas.
Na minha visão, os profissionais mais experientes, na maioria das vezes, comentem uma falha que eu considero crucial quando falam que os mais jovens não têm conteúdo, tampouco atitudes. Isso não é verdade. Os mais jovens são mais antenados e estão à frente das grandes oportunidades.
Ficar atenta aos avanços tecnológicos é outro ponto que deve ser levado em consideração pelas pessoas que estão na faixa dos 40 aos de idade. Eu também sou palestrante e quando vou a congressos sobre temas ligados à tecnologia é muito raro ver uma pessoa com mais de 30 anos na plateia. O analfabetismo digital é um grande fator de exclusão e os profissionais mais experientes precisam assumir uma postura mais digital. Não dá mais para ser analógico. Crie alternativas que superam os obstáculos. Chegue aonde você quer chegar.