por Emilce Shrividya Starling
Nós nos identificamos com nosso ego, com nossa mente negativa. Isto nos impede de ver nossa verdadeira natureza que é o Ser interior, a luz divina dentro de nós.
O sentido da dualidade, a ignorância, o sofrimento existem devido a essa nossa identificação errada. Enquanto o ego negativo estiver vivo seremos criaturas limitadas e estaremos sofrendo.
Quando nosso orgulho é diminuído e nossa arrogância é esvaziada, nossas experiências de vida são boas e aprendemos com elas. Livres do ego, experimentamos os sentimentos de igualdade, compreensão e compaixão.
Quanto mais nos culpamos, nos diminuímos, nos achamos incompetentes, mais poder o ego tem sobre nós. O ego diferencia e compara. Ele luta e se opõe. Está sempre julgando e se medindo.
Talvez o ego não possa ser eliminado, porém pode ser purificado. Vivenciar a filosofia do yoga gradualmente nos liberta do ego.
O ego é diminuído através das práticas de meditação, autoquestionamento, autoconhecimento, contemplação dos ensinamentos, altruísmo, entrega ao Ser interior.
Aprenda a lidar com a sua mente para se libertar da tirania do ego. Não permita que o ego dirija sua vida como um diretor de um filme.
Quando sua mente está turbulenta, cheia de pensamentos, você experimenta inquietude, insatisfação, depressão, pânico. Você precisa compreender que é responsável pela sua dor e prazer.
Um dos mais poderosos padrões mentais do ego é pensar mal de si mesmo, é ter baixa auto-estima. A mente negativa pensa e duvida o tempo todo. Questiona, critica e julga o que fazemos, alimentando assim o ego. Somente controlando a mente podemos sair dessas armadilhas do ego.
O ego toma a forma de pensamentos negativos, de preocupação, de medos, de tristeza e faz parecer que a vida é ruim, sem graça, sem sentido.
Há muitas formas de escapismo. E algumas pessoas podem achar que não há nada neste mundo interessante de ser vivido, então se voltam para o vício de comer doces, vício do álcool, cigarro, drogas como uma forma de escapar deste nada.
Mas viveriam bem mais felizes e livres se não permitissem que suas mentes fossem influenciadas pelo negativismo, pelas limitações do mundo e do ambiente ao redor.
O ego gosta de tudo definido e categorizado. Não é flexível, não aceita nem gosta de mudanças. É inibido, rígido e autoritário. Deseja o poder e gosta de controlar as coisas.
Mas quem não gosta de mudanças é infeliz e ansioso porque tudo é impermanente. Ninguém pode controlar a vida.
Para dissolver a ansiedade e insegurança precisamos nos conectar com o Ser interior através do relaxamento e da meditação. Através dessas práticas do yoga, diminuímos a torrente de pensamentos e experimentamos o apaziguamento. Deslizamos para dentro e, neste espaço interior, entramos em conexão direta com a fonte de amor e confiança.
Nosso senso de humor é uma manifestação natural do Ser interior. Ele se manifesta externamente em uma gargalhada espontânea, no contentamento, na paciência, na humildade, na gratidão.
O lugar de começar a ver a perfeição é em nós mesmos. Precisamos aprender a nos valorizar. Criar o hábito de ver o lado positivo do que somos e fazemos. Precisamos fazer as pazes com nossa mente.
Pare de fazer o que lhe aborrece ou lhe causa problemas. Não tente agradar a todos. Agrade primeiro a si mesmo. Isto não é egoísmo. É amor e sabedoria.
Entenda que quando você fica preso na seriedade e na autoimportância você é empurrado para longe da fonte da felicidade. Permaneça contente, amável e, naturalmente você se aproximará do Ser interior. Fique em paz!