E-mail enviado por uma leitora:
“Assisti a uma live na última sexta-feira, na qual duas psicólogas afirmaram que esse ano é de certo modo um ano meio que perdido, tanto para os adolescentes como para os que estão na puberdade. Mas que para as crianças bem pequenas não, pois o ensino à distância seria só para manter o vínculo. Fiquei preocupada, tenho um filho de 13 anos e uma menina de 9 anos.”
Resposta: O que acontece na minha opinião é que todos estão muito em dúvida sobre como as escolas irão funcionar ou se irão voltar só em 2021 e como será essa volta. E também estamos com muitas “fake news” ou comentários desencontrados.
O que existe de real, é que ninguém sabe muito bem o que vai acontecer e como vai acontecer. Eu não vi a live, mas provavelmente o ponto que as psicólogas queriam ressaltar era a diferença no desenvolvimento.
Adaptação ao novo normal nas escolas será diferente para cada faixa etária
Para uma criança pequena, faz parte do desenvolvimento dela ter um maior vínculo com os professores e familiares. Já na adolescência e puberdade, a criança passa a querer ter mais vínculo com os amigos da mesma idade e faz parte do desenvolvimento delas testar esses relacionamentos através da troca com crianças da mesma idade. Com a pandemia isso não está ocorrendo. Como tivemos que nos adaptar ao isolamento social e a algumas medidas de higiene, teremos de nos adaptar novamente à “nova escola”, isto é, como serão as novas relações daqui para a frente, como as crianças irão se relacionar em cada faixa etária.
O que fazer em relação à volta às aulas no momento?
O que eu acho é que teremos de esperar as decisões de reabertura das escolas. Pode ser que até lá a vacina já esteja disponível. Enquanto essas decisões não são tomadas, precisamos aproveitar o tempo que as famílias estão juntas para criar vínculos e conhecer melhor um ao outro.
Os seus filhos estão na mesma situação que milhões de crianças e tem educadores que estão estudando essa volta. O melhor é não ficar ansiosa antes da hora.
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicopedagoga e não se caracteriza como sendo um atendimento.