Como surge o medo em você

Nossa mente é ardilosa. Chego a pensar que seja a maior armadilha deste planeta. Quando percebe que estamos nos elevando, ganhando graça e leveza, a mente lança, nas profundezas de si mesma, uma semente amaldiçoada. Uma ideia daquelas que nos fazem sofrer. Um medo. A sementinha cai e começa a se desenvolver. De repente o céu já não é tão azul, a vida vai perdendo a beleza, o coração aperta.

Começamos a pensar na sementinha, e assim a ajudamos a crescer. Pensamos no que poderia dar errado, no quanto podemos nos ferir. Começamos a duvidar do amor, das pessoas, de nós mesmos… E a sementinha vai se alimentando desses pensamentos, vai crescendo e apertando nosso coração. Começamos a sentir medo, tristeza, uma angústia que brota de lugares desconhecidos dentro de nós.

Continua após publicidade

Corte o mal assim que ele se manifestar e ouça a voz do coração


Se permitimos, a semente amaldiçoada cresce tanto, que oculta totalmente nosso coração. Nos tornamos então contadores de histórias do mal para nós mesmos. Passamos a acreditar nas histórias que contamos, e em breve as manifestamos. São os brotos escuros da árvore do medo que engoliu nosso coração.

Assim, se perceber uma semente dessas germinando em você, não permita que cresça. Leve luz até ela, ilumine-a com a luz maior que brilha no Sol da sua consciência. Essa semente precisa ser reintegrada ao amor que você é.

Sinta a angústia, a tristeza. Sinta tudo o que estiver pulsando dentro de você. Preste atenção.

Krishnamurti dizia que “atenção é amor”. Preste atenção a essa semente, sinta compaixão por ela ainda existir em você, e a visualize se transformando em luz, crescendo bela, florindo, amando.

Continua após publicidade

Esse é o trabalho de todos nós neste planeta, e ele se dá dentro de cada um de nós. Florescer quem de fato somos. Assim curamos nossa escuridão.