Por Marta Relvas
Na escola contemporânea é importante o professor estar atento ao comportamento dos estudantes, bem como, nas aprendizagens acadêmicas e socioemocionais. E um dos possíveis caminhos é por meio das habilidades significativas relacionadas com a vida. Evidências científicas anatômicas e fisiológicas revelam que o desenvolvimento do cérebro é diferente entre os sexos, porém não é um fator determinante, daí é possível imaginar como garotos e garotas se comportam para serem aceitos no convívio social – grupo.
Internalizar para poder transformar
Numa sala de aula os estudantes têm expectativas, desejos, habilidades e conexões neurais diferentes, e é exatamente aí o ponto de trabalho do educador: provocar o desejo, estimular o outro a querer aprender, compreender que é necessário internalizar para se transformar, provocar neuroplasticidade intencional neural no cérebro para mudar suas atitudes perante o mundo, ou seja, amadurecer tanto biológica como psicologicamente para enfrentar as adversidades do vida. É acreditar que se pode fazer o melhor, se superar. Por isso, numa sala de aula o melhor não é promover a competitividade dos gêneros, mas sim provocar a competência coletiva, o que cada um tem para contribuir com o outro.
Apoio entre gêneros
Não existem tarefas só de meninos ou de meninas, um pode apoiar o outro a se superar e a vencer obstáculos, provocando o desenvolvimento das habilidades emocionais e sociais, tão importante para os dias de hoje.
Penso que ainda tem muito a se fazer para essa compreensão, que primeiro precisa vir da família, escola, dos educadores para que se possa (re)construir um indivíduo-sujeito em sua plenitude e potencialidades.