Na astrologia, os eclipses são vistos como gatilhos que impulsionam determinadas forças latentes, que nos movem em direção à luz ou à sombra. Aproveite o atual momento obscuro para ampliar sua visão de mundo.

Hoje vou trazer para a coluna um tema que considero bastante impactante.

Trata-se dos CICLOS EVOLUTIVOS que ocorrem a partir dos eclipses.

Acabamos de passar pelo eclipse solar no dia 14 de dezembro e podemos aproveitar este momento de grande força planetária, para uma breve reflexão e autoanálise.

Durante todo o decorrer do ano, Sol e Lua percorrem sua trajetória natural, e duas vezes ao mês, estabelecem um contato mais marcante, conforme apreciado por nós aqui da Terra.

Lua Nova e Lua Cheia

No primeiro momento, ambos são vistos como apenas um corpo, em comunhão (conjunção, em linguagem astrológica), quando a Lua se encontra à frente do astro diurno, ocultando grande parte de sua luz. É a fase mensal que chamamos de Lua Nova, quando ocorre o início da lunação. Ou seja, o início da fase lunar que irá crescer, chegar ao seu ápice, para depois minguar, até renascer novamente em um período de 28 dias, aproximadamente.

No segundo momento importante desta dança dos LUMINARES, ambos se posicionam frente a frente, quase que em uma posição de combate, em um ângulo que na astrologia chamamos de oposição. Este é o momento da Lua Cheia, em que o Sol joga toda a sua luz sobre o astro noturno, trazendo à luz tudo o que estava oculto, inconsciente.

Durante o ano, algumas destas lunações, que acontecem em intervalos aproximados de 6 meses ganham um alcance potencializado com a ocorrência do que chamamos de ECLIPSES.

Como acontecem os eclipses?

Isto ocorre quando os dois astros se alinham perfeitamente, ao contrário das demais lunações, onde temos uma pequena diferença na angulação no plano da órbita da Lua em torno da Terra em relação à órbita da Terra ao redor do sol, com cerca de 5°.

Durante o período de 18 meses, os eclipses acontecem em um determinado eixo zodiacal, trazendo à baila os temas dos dois signos envolvidos, tanto em termos de LUZ como de SOMBRA. Então teremos um ciclo de 19 anos até o retorno dos eclipses novamente ao mesmo eixo zodiacal.

Atualmente, os eclipses estão ocorrendo nos signos de Gêmeos e Sagitário.

Em 05 de junho tivemos o eclipse lunar a 15° de Sagitário, em 30 de novembro o eclipse lunar em 8° de gêmeos e em 14 de dezembro, o eclipse solar a 23° de sagitário. Em 26 de maio e 10 de junho de 2021 teremos mais 2 eclipses neste eixo e o ciclo se fecha em 04 de dezembro com o eclipse solar a 12° de sagitário.

Qual é a sua influência?

Na análise astrológica, os eclipses são vistos como gatilhos que impulsionam determinadas forças latentes presentes no mapa de nascimento dos indivíduos, em mapas de nações, cidades, empresas etc.

Assim podemos interpretar os efeitos manifestados por estes eventos tanto no contexto individual, quanto no coletivo.

Em se tratando do eixo Gêmeos/Sagitário, alguns dos temas que somos convidados a trazer para a nossa experiência mundana são:

• A busca do conhecimento e expansão do saber
• Os estudos e o ensino
• Comunicação e propagação das informações
• Crenças e valores
• Fé, espiritualidade
• Filosofia de vida
• Leis, ética e moral
• Viagens, deslocamentos
• Contato com pessoas próximas (vizinhança) e com culturas distantes

Podemos nos deslocar por estes temas, tanto pela luz, quanto pela sombra, e aí entra o arbítrio individual de fazer escolhas conscientes para sua caminhada evolutiva.

É o momento de ampliar sua visão de mundo

O convite que nos é ofertado neste momento, a meu ver, é aproveitar, apesar do período obscuro por que estamos passando, para nutrir e abastecer nossa mente e espírito com novos conhecimentos, ampliando a nossa visão de mundo, expandindo a consciência coletiva e desenvolvendo novos valores.

Rechaçar as informações caluniosas ou sem fundamento, as famosas “fake news”, que contaminam as mídias disseminando falsos julgamentos, além de medo e tristeza. Entendo este movimento como um verdadeiro terrorismo psicológico pegando de surpresa indivíduos incautos que compartilham sem o menor discernimento falsas verdades que acabam se tornando reais, sem chance de serem desmascaradas.

Lembre-se que o símbolo de Sagitário é o arqueiro que aponta sua flecha para o alto, representando a busca pela verdade, por novos horizontes e perspectivas. Gêmeos fala de comunicação e ambos os signos têm a função de propagar ideias e pensamentos.

Reflexões finais:

• Afinal, estamos em busca de quê?
• Qual é o alvo que queremos alcançar com a nossa flecha? E a que custo?
• De qual fonte alimentamos nossa mente e como propagamos esta vibração ao nosso redor?
• Estamos aproveitando este ciclo de vida propício à expansão do conhecimento e da verdade para amadurecer, crescer e evoluir?

Esta pode ser a oportunidade perfeita para mudanças significativas que levem a uma visão de vida mais aberta, empática, compassiva e livre de preconceitos. Mais preocupação com o todo e menos individualismo. Mais amor e menos ódio. Mais paz e menos guerra.

E quem sabe, cheguemos por fim a resgatar a essência ética, justa e altruísta da humanidade.

Encerro citando o grande sábio Hermes Trismegisto e uma de suas leis Universais: “O que está em cima é como o que está embaixo”. Aproveitemos a vibração que está acontecendo no “macro” para trazer luz e clareza para o “micro”.

Como inspiração para internalizar o tema, segue o link de uma prática meditativa de autoenergização que fizemos ao vivo em conexão com o último eclipse em 14 de dezembro. Assista ao vídeo:

Nos vemos em breve com o ingresso do sol em Capricórnio marcando a entrada da nova estação. Namastê!