Consumo de pornografia: prós e contras

O consumo de pornografia é uma questão complexa, pois envolve múltiplos fatores, tanto positivos quanto negativos, dependendo do contexto em que ocorre e da pessoa envolvida; entenda

E-mail enviado por um leitor:

“Há uma infinidade de vídeos e posts na internet demonizando a pornografia. Dá até a impressão de haver algum tipo de movimento social. Afinal, quais seriam então os prós e contras de se consumir pornografia? Saber isso provavelmente pode dar um norte como não abrir mão desse prazer sem prejudicar a vida pessoal ou sexual. Muito obrigado!”

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Resposta: Caro leitor: a questão do consumo de pornografia é complexa, na medida em que envolve múltiplos fatores, tanto positivos quanto negativos, dependendo do contexto em que ocorre e da pessoa envolvida.

Dito isso, o conhecimento sobre os principais prós e contras relacionados ao consumo de materiais pornográficos é imprescindível para evitar consequências negativas associadas ao seu uso.

Consumo de pornografia: prós

1) a pornografia como uma forma de explorar fantasias e entender melhor os próprios desejos sexuais;
2) como meio de enriquecer o repertório sexual sobre diferentes práticas, orientações ou preferências;
3) como autoadministração do prazer sexual em um período sem relacionamentos; 
4) como fonte de entretenimento pessoal para além do prazer  
 experimentado em um relacionamento real.

Consumo de pornografia: contras

1) o sexo retratado de maneira exagerada na pornografia levando a expectativas irrealistas sobre corpo, desempenho e relacionamentos;
2) a desconexão emocional nas experiências compartilhadas “ao vivo e em cores” devido ao consumo excessivo de conteúdos pornográficos;
3) o consumo de conteúdos cada vez mais extremos para sentir o mesmo prazer;
4) a redução do sexo a um ato puramente físico, desprovido de emoção ou intimidade podendo alimentar visões problemáticas sobre consentimento e sexualidade.

Vale ressaltar que, a pornografia, como qualquer outra oferta de entretenimento, pode ter benefícios e prejuízos dependendo do uso que se faz dela. O fundamental é o consumo consciente que respeite seus limites e não prejudique sua vida pessoal ou sexual.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

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É Psicóloga Clínica, Terapeuta Sexual e de Casais no Instituto H.Ellis-SP; psicóloga no Ambulatório da Unidade de Medicina Sexual da Disciplina de Urologia da FMABC; Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; epecialista em Sexualidade pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana – SBRASH; autora do livro “Mulher: produto com data de validade” (ED. O Nome da Rosa) Mais informações: www.instituto-h-ellis.com.br