por Jocelem Salgado
Diabetes melittus é considerada uma das grandes epidemias mundiais do século XXI, constituindo um problema que não escolhe idade, sexo, raça e classe social.
Segundo a OMS em 2030, o Diabetes mellitus será a segunda causa de morte na América Latina. De acordo com os indicadores, o mundo já vive uma epidemia de diabetes. Em 1985, a doença atingia aproximadamente 30 milhões de pessoas. O número aumentou para 135 milhões em 1995 e para 177 milhões em 2000. A entidade estima que a prevalência da doença deva alcançar 333 milhões de pessoas em 2025.
Os pacientes diabéticos apresentam quantidades maiores do que o normal de glicose ou açúcar no sangue. Isso acontece, pois nesses pacientes a insulina (hormônio produzido pelo nosso corpo) não consegue exercer de maneira eficiente o seu papel, que é de capturar a glicose e levá-la para dentro das nossas células. Sendo assim, uma grande parte desse açúcar se acumula no sangue acarretando inúmeras consequências.
Além de fatores hereditários, a incidência da patologia também está relacionada ao estilo de vida da população, ou seja, excesso de bebida alcoólica, cigarro, estresse, alimentação rica em gorduras e sedentarismo.
Devido às dificuldades terapêuticas para o tratamento dessa doença e pelos altos índices de mortalidade, o diabetes pode ser evitado com uma alimentação balanceada, rica em alimentos que possuam propriedades capazes de diminuir os riscos de adquiri-la, ou seja, maior consumo dos alimentos denominados funcionais.
Os alimentos funcionais são alimentos que além da função básica de nutrir também reduzem os riscos de certas doenças. Entre esses alimentos podemos destacar as frutas cítricas, como laranja, tangerina, acerola, limão, pois possuem compostos denominados bioativos (compostos responsáveis por protegerem nosso corpo contra as doenças) como os fitoquímicos (flavonóis, flavonas, flavanonas e ácidos fenólicos). Esses compostos possuem atividade antioxidante, participando da eliminação de substâncias capazes de provocar danos às nossas células (radicais livres), auxiliando assim na prevenção do diabetes.
Outro composto muito importante para a regulação dos níveis glicêmicos é a pectina, uma fibra solúvel presente na casca desses frutos. Essas fibras exercem grande contribuição aos pacientes diabéticos, pois, são capazes de diminuir a absorção de glicose e consequentemente reduzir a concentração de glicose no sangue, aumentar a sensibilidade à insulina e provocar sensação de saciedade.
Com relação a quanto consumir dessas frutas cítricas é importante lembrar que o número exato de porções pode variar, porém recomenda-se o consumo de 3 a 5 porções/dia. Sempre que possível essas frutas devem ser consumidas com casca, devido à quantidade maior de fibras.
Essas frutas também podem ser consumidas na forma de sucos, porém, é importante ressaltar que eles devem ser consumidos imediatamente, pois os compostos presentes nos mesmos podem degradar com o armazenamento, perdendo assim os benefícios que eles proporcionam ao nosso organismo.
É importante lembrar que para a obtenção de resultados satisfatórios o consumo desses frutos devem estar associados ao consumo de uma dieta equilibrada e a hábitos de vida saudável, como por exemplo, a prática de exercícios físicos.