por Roberto Shinyashiki
Conta-se em uma lenda que uma mulher, em seu leito de morte, fez seu marido jurar que não se comprometeria com nenhuma outra pessoa. E o ameaçou a voltar, como espírito, e de não o deixar viver tranquilo, se ele não cumprisse a promessa.
O marido, a princípio, cumpriu a palavra mas, depois de alguns meses, conheceu outra mulher e se apaixonou por ela.
Quase imediatamente, começou a aparecer-lhe, todas as noites, um espírito que o acusava de haver quebrado o juramento. O fantasma noturno não só estava informado de tudo o que se passava com a relação amorosa que ele mantinha, como também conhecia todos os seus pensamentos, esperanças e sentimentos.
Como a situação se fazia insuportável, o homem decidiu pedir conselho a um mestre Zen.
"Sua esposa se converteu em espírito e sabe tudo o que você faz, diz e pensa. É um espírito muito sábio e merece ser admirado por você", disse-lhe o mestre. E continuou: "Quando ele lhe aparecer de novo, faça um trato. Diga-lhe que, já que ele sabe tanto de você, não é possível esconder nada. E, por isso, você vai romper seu compromisso amoroso, se ele puder responder a uma simples pergunta".
"Que pergunta tenho de fazer-lhe", indagou o homem. "Encha a mão de feijão e pergunte-lhe quantos grãos há nela. Se o espírito não responder, você ficará sabendo que ele não é nada mais que o produto de sua imaginação, e ele não o molestará mais."
A noite chegou e o espírito apareceu. O homem agiu exatamente como o mestre mandara. Estendeu a mão e perguntou: "Quantos grãos há aqui?" E não havia mais espírito algum para responder. A imaginação do homem não poderia responder a uma pergunta para a qual nem o próprio homem conhecia a resposta…
Da mesma forma que podemos usar os diálogos internos para amargurar a nossa vida, temos a possibilidade de usá-los para elevar a nossa autoestima.
Como elevar a autoestima conversando com você mesmo?
1º) Busque dentro de você a sua verdade e as metas a que se propõe a atingir;
2º) Analise se esssas metas estão dentro de suas limitações e de sua realidade;
3º) Agir com base em pressuposto é se atirar numa empreitada arriscada. É importante checar o que é real e o que é apenas fruto de sua imaginação;
4º) Estabeleça um diálogo claro, direto e objetivo. Isso lhe ajudará a esclarecer os pontos obscuros. Em geral, dialogar dói menos do que se imagina…