Seja em apps de namoro, no relacionamento amoroso e nas amizades; saiba como manejar esse tipo de abuso
“Tem pessoas que passam do limite ao conversar com o outro: ouvem pouco, querem monopolizar a conversa, não parecem estar muito interessadas no que o outro tem a dizer. Enfim… esse tipo de pessoa é muito autocentrada… Outro aspecto, é ser desrespeitoso na forma de se expressar e a outra parte, “a vítima”, meio perdida, sem saber o que fazer, principalmente se for uma conversa online, já parte para o cancelamento.”
Resposta: O relacionamento online já existe há algum tempo mas as regras do bom senso, do timing correto e de como se comportar ainda são bastante precárias. Isso porque com um toque na tela é possível tirar da frente o que não agrada. Essa facilidade, que não existe no relacionamento presencial, acaba moldando diálogos rasos e grosserias que não trazem grandes consequências para quem as pratica. Um toque na tela e … pronto, tudo fica no passado.
Saber falar e saber ouvir é o esperado num diálogo saudável. Mas muitas vezes as pessoas usam apps de relacionamento apenas pela necessidade de falar, colocar suas ideias, suas frustrações e suas emoções para alguém. E esquecem da reciprocidade. Afinal, ser ouvido hoje em dia é difícil. Todo mundo tem seus afazeres, suas obrigações, seus problemas e não há muita disposição para ouvir o problema dos outros.
Mas será que as primeiras impressões que se tem ao conversar virtualmente com alguém devem ser levadas tão a sério? Será que uma pessoa grosseira é mesmo grosseira ou se tornou grosseira porque levou muitos foras virtuais? Ou porque ser descartada não é um problema já que a fila de pessoas que querem “conversar” ou “se relacionar” é praticamente infinita?
Certamente ninguém deve se propor a aceitar agressões vindas de um interlocutor desconhecido, mas é importante entender que nem sempre as agressões são gratuitas. Muitas vezes elas são provocadas por uma palavra colocada em hora errada, uma expectativa muito elevada, ou até uma sensação de não estar agradando. Então, a primeira regra para minimizar o risco de agressões é cuidar muito bem da pessoa com quem está falando. Porque quem é tratado com respeito dificilmente vai agredir. Saber se colocar no lugar do outro é imprescindível.
Diálogo, como a própria palavra diz, pressupõe TROCA e equilíbrio
Cuidar do equilíbrio durante a conversa também é muito importante. Desde o início de qualquer conversa, é preciso saber que depois de falar, é importante deixar que o outro também se expresse. Mesmo que esse outro seja mais calado, mais introvertido, é importante passar-lhe a fala. Monopolizar uma conversa virtual não é de bom tom.
Por fim, assim como em qualquer relacionamento, virtual ou presencial, é importante usar sempre o bom senso e o respeito. Independentemente de ter gostado ou não da pessoa com quem está falando, seja paciente, saiba ouvir, responda com gentileza e evite tirar conclusões precipitadas a partir das primeiras impressões.
Conhecer uma pessoa leva algum tempo. É comum, nos primeiros contatos, a pessoa mostrar alguma ansiedade e ficar se esquivando. Afinal, essas são as defesas que usamos frente ao desconhecido. Mas, às vezes, como diz o conto, por trás de um sapo pode existir um belo príncipe. Vale a pena esperar para ver.
Atenção!
Esta resposta (texto) não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.