por Sonia Corazza
A dúvida é grande. Antes é preciso definir o uso de cosméticos nas crianças em relação à idade.
Bebê recém-nascido: até 28 dias
Bebê: até dois anos
Criança: até 10 anos
Pré-púbere: até 12 anos
Adolescente: até idade adulta
As crianças nunca devem usar cosméticos de adultos, pois sua pele ainda está em processo de formação, existem produtos para banho e proteção específicos para crianças, com matérias-primas seguras, hipoalergênicas e testadas para elas.
Na fase pré-púbere e adolescência cada um deve procurar um tratamento adequado para seu biotipo, isto é, suas características genéticas. Assim um afro-descendente precisa de menor proteção FPS que um caucasiano, por exemplo. Agora vamos falar quais são os pricinpais cuidados que você deve ter sobre o uso de cosméticos nas crianças.
Recém–nascido e a cosmética
Este pequeno consumidor, o recém-nascido, que até o 30º dia de vida está em período de adaptação, saindo de um ambiente fechado, úmido e protegido diretamente para uma vida ao ar livre. A pele do bebê ao nascer é ressecada, enrugada e descamativa, coberta por uma substância branca e macia chamada de vernix caseoso. Esta mistura de células tem uma importante função protetora contra bactérias, mas também regula a perda de água e calor para o ambiente, efetuando a proteção contra a desidratação.
Uma avaliação recentemente feita nos Estados Unidos mostrou que um bebê recém-nascido usa em média oito produtos cosméticos diferentes, totalizando o contato com cerca de 50 agentes químicos diferentes até o 1º mês de vida. Os produtos mais usados são as fraldas descartáveis, os lenços umedecidos, sabonetes, talcos, shampoos e cremes ou pomadas para assaduras. Mas o banho inadequado pode causar problemas sérios e até alterações importantes e comprometedoras nas propriedades de barreira da pele. Portanto, é vital escolher sempre produtos específicos para bebês, comercializados por empresas idôneas e reconhecidas.
Crianças e o sol
Depois dos seis meses o primeiro produto cosmético que deve ser adicionado a rotina de cuidados das crianças é o protetor solar. Segundo as recomendações médicas, estas são as orientações essenciais:
Para os bebês com menos de seis meses, não use filtro solar e mantenha-os fora do sol.
Para crianças de seis meses ou mais, o sol entre 10 e 16 horas é proibido, neste período a radiação solar é mais intensa. Use filtro solar com FPS 30 em todo o corpo da criança e reaplique o filtro solar a cada duas horas, principalmente quando for à água ou transpirar muito. O filtro solar infantil dever ter as seguintes características fundamentais:
· Associação de um filtro físico a um filtro químico, para diminuir as reações indesejáveis que os últimos podem causar e conferir proteção UVA e UVB
· O filtro deve ser resistente à água, não possuir corantes ou fragrâncias, para diminuir o risco de alergias e conter o mínimo percentual possível de óleos e corpos graxos, para evitar a comedogenicidade – formação de cravos e espinhas.
A tendência atual é de se evitar o uso de filtros com FPS muito altos, que dão a falsa impressão de enorme proteção contra o sol e propiciam a permanência da criança em excesso aos seus efeitos nocivos imperceptíveis.
O recomendado em relação ao sol, é que até as crianças sigam a mesma orientação dada para os bebês.
Lábios de criança
Não é só a preocupação em hidratar a pele daquelas boquinhas tão gostosas, o grande perigo da ação solar é a infeção por um vírus, transmitido por via oral, que costuma atacar a pele e as mucosas: o herpes labial. Use um protetor labial específico para crianças, sem corantes ou perfume e não use o mesmo produto em adultos e crianças, para evitar o risco de contaminação.