Por Blenda de Oliveira
Eu nunca tive muita paciência para seguir grupos, gurus e discursos messiânicos. Nunca topei política na minha vida profissional como padrão. Perdi algumas oportunidades, porque simplesmente não bajulei e me recusei muitas vezes a doar meu tempo como plateia das vaidades.
Por outro lado, sempre cultivei profunda admiração por alguns mestres, algumas teorias e, felizmente, posso dizer que tive e tenho muitas pessoas e situações na vida que me inspiram e por elas sou absolutamente grata.
Hoje, não me sinto obrigada a quase nada. Muito devo a pessoas inspiradoras, inteligentes e com senso agudo de respeito e liberdade para pensar, fazer, contribuir e me aceitar como sou. Como aprendo!
Lembro-me de um professor que foi um influenciador direto na minha carreira que sempre me dizia que, na nossa profissão, a liberdade de ser do analista é um aspecto altamente transformador na lida com o sofrimento. Fazer de conta, não rola!
O excesso de compromisso com a vaidade intelectual, excesso de títulos, políticas de grupo para a sobrevivência profissional parece necessário para alguns existir por pouco ou por todo o tempo.
Porém, se puder escolher, tenha a liberdade de ir e vir, cultive a espontaneidade, a lealdade consigo mesmo e, ao usar as máscaras, cuide para que não se tornem sua segunda pele… Talvez, primeira.