Por Flávio Gikovate
Nas relações amorosas por afinidade existem as trocas sentimentais propriamente ditas.
Porém, seria ingênuo supor que os ingredientes da vaidade não estejam presentes. E estão também de modo muito intenso e concentrado. Isso já ocorre no início do relacionamento, na fase da paixão.
O que acontece é que, apesar da importância da vaidade e da admiração recíproca se basear em propriedades que cada um valoriza no outro, de gostar de aparecer ao lado outro etc; existe também a efetiva ternura, o encaixe da subjetividade, “o reencontro da metade perdida” com o nascimento.
Os que têm a felicidade de encontrar seu par e a coragem de levar adiante esse encontro, experimentam desenvolvimentos pessoais que vão muito além das graticações exibicionistas da vaidade.
Todo tipo de relacionamrmto afetivo tende a ser exigente. E isso tanto em decorrência dos aspectos ligados ao instinto do amor, como daqueles derivados da vaidade que se acopla também a este fenômeno da nossa subjetividade. As exigências derivadas da composição do elo amoroso propriamente dito determinam, segundo eu acredito, a necessidade de zelo pelo outro e pela parceria.