Verbete explicado a partir do e-mail enviado por uma leitora:
“Eu sou uma adolescente e me apaixono com muita frequência. Isso prejudica a mim e a outras pessoas. Eu tento parar, mas não consigo. Isso é uma doença?”
Por Anette Lewin
Não cara internauta, apaixonar-se com frequência na adolescência não é uma doença. Adolescência é a fase mais propícia para dar asas às fantasias, apaixonar-se pelo colega de classe, pelo menino mais popular da turma, pelo charmoso professor de português, pelo cantor popular… Essas paixões, em sua maioria, costumam ser platônicas, ou seja, a pessoa “amada” é difícil, quase impossível de ser conquistada. Assim o adolescente pode sonhar, sonhar, sonhar… E mudar de paixão quantas vezes quiser. Sem grandes frustrações.
Você, porém, escreve que se apaixona muitas vezes “e isso prejudica a você e a outras pessoas”. Não dá para saber o que você quer dizer com isso, então vamos para o campo das hipóteses. Talvez você se apaixone e consiga conquistar as pessoas, e depois se enjoe rapidamente de uma pessoa porque se apaixonou por outra. É isso? Se for, talvez a parte chata da história é a frustração que você acaba causando em quem se apaixona por você. E em você mesma, porque o que sente não se enquadra no que você esperava da paixão. Pelo menos não em termos de duração.
Mas para entender o que é paixão e amor para você, é importante que você passe por essas experiências. Todas elas te ajudam a entender um pouco melhor o que é relacionamento amoroso, quais sentimentos estão envolvidos na vivência da paixão e quais as características de seus parceiros que você aprecia. Em algum momento, na medida em que for amadurecendo, vai ficar mais fácil escolher melhor seus amores e conseguir aprofundar seus relacionamentos.
Assim, tente viver plenamente essa fase tão difícil e ao mesmo tempo tão maravilhosa que é a adolescência. Não se preocupe tanto com oscilações e mudanças no que você sente e pensa.
Adolescência é uma passagem, e como toda passagem tem suas curvas, seus altos e baixos, seus tombos . Aproveite para sonhar, imaginar, tentar, cair, levantar e, sobretudo, descobrir a vida e o amor. Você está em formação. Junte experiências e deixe as conclusões para mais tarde, quando você terá suas vivências pessoais para apoiá-las.
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento