De onde vim? Para onde vou?

Nenhuma época soube tantas e tão diversas coisas do homem como a nossa. Mas em verdade, nunca se soube menos o que é o homem.” – Martin Heidegger

Qualquer um que esteja minimamente inteirado com o mundo, certamente está ciente de que vivemos num período especialmente caracterizado pela comunicação, interação e tecnologia, traços estes que possuem potencial para unir pessoas dos quatro cantos do globo. Esses aspectos que tangem o cotidiano em que vivemos, permitem-nos acessar, compartilhar e produzir informações com enorme facilidade e rapidez. Não é difícil, portanto, acompanhar o que acontece na minha cidade, na cidade vizinha ou até mesmo do outro lado do mundo. Além disso, a ciência avança… está sempre progredindo, se refazendo, se aperfeiçoando, escrevendo novos capítulos de sua história e presenteando o mundo com novos conhecimentos e notícias.

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Contudo, note-se que apesar do bombardeio constante de informações com os quais somos assolados e das novidades que nos chegam através da comunidade científica, basta refletirmos por alguns instantes, e logo perceberemos que ainda há mais perguntas do que respostas sobre nós, sobre o mundo e sobre a vida.

Sim. O desconhecido é superior ao conhecido. Aliás, muitas das mais antigas indagações, que causaram tanta perplexidade nos grandes filósofos, permanecem presentes em nossos tempos, por mais que tenhamos avançado científica e tecnologicamente. Há uma música, chamada “16”, da banda nacional “Maldaz”, em cuja letra, o vocalista Dennis Monteiro, canta: “ninguém sabe de onde veio, pra onde vai, tudo é um imenso talvez”.


De fato. As grandes perguntas continuam sendo sempre feitas: “de onde vim?”, “para onde vou?”, “quem sou eu?”, “Deus existe?”, “por que as coisas são como são?”, “o que há por trás da natureza?”, “qual é a minha essência?, “posso conhecer uma pessoal tal como ela realmente é, ou apenas uma face dela?”, “o que é vida? Ela tem propósito ou carece de um propósito?”, “como devo viver?”, “o que, afinal, é certo e o que é errado?”, “o que é o homem?”.

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A ciência, que “impera” há tanto tempo em nossa mundo e em nossas vidas, embora tenha realizado grandes e notáveis feitos, não foi capaz de responder muitas coisas. Há lacunas e precisamos reconhecê-las. O desconhecido está sempre conosco. A existência permanece sendo, conforme certa vez citou Schopenhauer, “um verdadeiro mar de enigmas e mistérios”, no qual, certamente, as dúvidas sempre se sobressaem. Conforme diz, sabiamente, uma letra da banda nacional Gangue Morcego: “tantas perguntas para poucas respostas”…


Na “era da informação”, muitas pessoas estão desinformadas. Diante do progresso científico, há inúmeras mentes que permanecem inertes, sem demonstrar progresso algum. E as dúvidas sobre o ser humano, continuam a permear e ocupar seu espaço nas mentes inquietas.

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