De que tipo de afeto você está carente?

por Arlete Gavranic

“Estou desesperada. Tenho uma relação sólida com tudo o que sempre esperei: uma vida confortável e tudo para ser feliz. No entanto, sinto um vazio emocional. Sei que o meu marido me ama, mas sinto falta de afeto e gentileza.”

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Aprender a conversar com o parceiro e ter atitudes afetuosas, é o primeiro passo, pois muitas vezes os casais se acomodam e ficam ambos carentes achando que casamento é assim mesmo” Muito frequentemente encontramos essa queixa feminina: viver uma relação satisfatória em muitos aspectos, mas sentir uma necessidade de algo mais afetivo.

A expectativa de muitas mulheres é idealizada demais, por isso é preciso tomar cuidado para não viver frustrações desnecessárias.

Precisamos fazer várias perguntas para refletir sobre essa “carência”.

De que tipo de afeto você está carente?

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1ª) De um amor idealizado?

2ª) De ganhar flores, presentes?

3ª) De um comportamento sempre sedutor?

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4ª) Da falta de beijo, de abraço, andar de mão dada, dormir de conchinha, receber carinho ou elogio?

5ª) E você, como se comporta junto dele? É carinhosa? Sabe elogiar?

6ª) Sabe demonstrar interesse sobre as atividades e projetos dele ou está sempre muito centrada em você, nos seus afazeres, filhos e mal dedica um carinho ou elogio a ele?

7ª) Você demonstra seu desejo ao parceiro sem ser em tom de reclamação?

Faço questão de ressaltar SEM TOM DE RECLAMAÇÃO,  pois muito frequentemente as mulheres ao invés de demonstrarem o que gostam, como gostam, elas reclamam, o que traz uma impressão muito chata e, ao invés de aproximar, muitas vezes afasta o parceiro.

Ressalto essas questões, pois você mesma disse “… que tem uma relação sólida com tudo que esperou na vida”.

Então é necessário ver se você não está romantizando demais esse afeto desejado e se você provoca e estimula situações afetuosas.  

Aprender a conversar com o parceiro e ter atitudes afetuosas, é o primeiro passo, pois muitas vezes os casais se acomodam e ficam ambos carentes achando que casamento é assim mesmo; e não precisa ser. Mas para isso os dois precisam conversar, sem acusações, mas com tom de conquista e sedução: elogiar e mostrar que gosta.

Se o seu parceiro não tiver grandes ‘traumas’ ou histórias de rejeição ou violência, as coisas podem melhorar muito. Caso ocorram outras questões como mágoas, medos e  ‘traumas’, aí pode ser necessário a ajuda de um terapeuta.
 
Mas afeto e carinho fomentam atitudes de afeto e mais carinho… Aí o que já é bom, pode ficar melhor ainda!