Da Redação
Um estudo realizado pela União Geral dos Trabalhadores mostra que 73% dos trabalhadores estão estressados por conta do trabalho e 75% deles têm problemas de saúde decorrentes do estresse.
Os resultados da pesquisa realizada pela UGT mostram que os profissionais têm cada vez menos qualidade de vida por conta da grande demanda de trabalho e das pressões sofridas no ambiente corporativo. Segundo o estudo, que analisou mais de quatro mil postos de trabalho em diferentes áreas, três em cada quatro funcionários têm problemas de saúde por conta de todo esse estresse. As doenças mais comuns são: fadiga, dor no pescoço e na cabeça, irritabilidade, sensação de angústia, insônia, falta de concentração e dificuldades de visão.
Possíveis causas
As conclusões do Observatório de Riscos Psicossociais da UGT são de que essa situação pode dever-se a diversos fatores, entre os quais estão a falta de autonomia, a insegurança em relação às condições de trabalho e ao futuro e, por fim, a indefinição sobre as tarefas a serem desenvolvidas pelos funcionários. Além disso, as relações sociais no ambiente corporativo também resultam na instabilidade emocional.
Entre os entrevistados que estavam de licença por motivo de depressão, 35% viram-se submetidos a intimidações e ameaças, 32% à perseguição moral, 26% a algum tipo de violência verbal e 23% sofreram agressões físicas.
Deadline: o grande vilão
Para o especialista em produtividade pessoal e empresarial Christian Barbosa, essa realidade é constante em muitas empresas e pode ter consequências graves tanto para a saúde física e mental do trabalhador, quanto para a produtividade. "Uma pessoa que não esteja em suas perfeitas condições emocionais não consegue produzir o quanto gostaria e seu trabalho não rende", afirma ele. "Até que chega um ponto em que tudo vira urgência e as pessoas não conseguem administrar o seu tempo para realizá-las dentro do prazo. A consequência disso é o estresse gerado e a angústia que podem prejudicar a saúde do indivíduo".