por Roberto Shinyashiki
Não deixe o passado decidir sua vida. Uma vida ruim, muitas vezes, é consequência do conformismo de pensar que o que sempre aconteceu continuará acontecendo.
Muitas vitórias foram obtidas por perdedores que se cansaram das derrotas. Desistiram de adiar os sonhos, de enfrentar sempre os mesmos problemas, e resolveram criar o novo. Grandes derrotas, porém, também são provocadas por pessoas que se apegam em demasia ao passado, que se sentem confiantes demais pelo que já fizeram e que, de repente, ficam ultrapassadas. Não perceberam a evolução dos outros, que a situação mudou e, de uma hora para a outra, não sabem mais o que fazer.
Mais ou menos como o marido que tem uma mulher apaixonadíssima. Ele, no entanto, é displicente com ela, não a trata bem, paquera outras… Até que um dia ela se cansa, apaixona-se por outro e decide ir embora. E o marido não consegue entender por que perdeu um jogo que já estava ganho.
Derrotas são feitas de pequenas distrações!
Como a pessoa que faz o maior sacrifício para emagrecer cinco quilos e, assim que consegue, começa a se distrair. Um açúcar no café, um bombonzinho extra, um prato a mais de macarrão e subitamente, além dos cinco quilos de volta, ela adquire mais um de brinde pela distração.
Quando as pessoas olham muito para trás, tropeçam no obstáculo que está na frente. Se o seu passado foi feito de derrotas, analise os erros, faça um novo projeto e tente mudar sua vida!
Se o seu passado foi feito de vitórias, deixe-as apenas para as conversas com os amigos. Faça um projeto para o futuro e dirija suas atenções para ele!
Algumas vezes, há muita dificuldade em entender que a situação está irremediavelmente perdida. Claro que sempre existe a possibilidade de reverter a situação, mas o consumo de energia será tão grande, o desgaste tão enorme, os riscos tão altos, que é preferível assumir as perdas. Entender que as derrotas fazem parte da vida e que errar é uma maneira de aprender a buscar novas opções é um exercício de humildade e, ao mesmo tempo, de coragem.
É difícil aceitar que o negócio não foi bem planejado ou bem escolhido. E as pessoas insistem em não assumir o erro. Não que o bem-sucedido goste de ter prejuízos, mas ele certamente sabe como lidar com eles. Às vezes, despende-se tanto tempo e energia para disfarçar o gosto do arroz queimado que melhor seria jogá-lo fora e fazer outro.
– Roberto, mas eu já gastei tanto dinheiro para decorar este restaurante! Montei um cardápio, contratei assessoria de imprensa, não quero agora jogar tudo fora!!!
Paciência! Se o ponto é ruim, será um eterno sofrimento manter o negócio.
De novo cito o exemplo do casal que não se dá bem. Está sempre brigando, não tem nada em comum e mantém relações extraconjugais. Já tentou terapia de casal, seis novas luas-de-mel, mudança de cidade… mas só não se separou porque acabou de construir a casa dos seus sonhos.
Infelizmente, a chance de os prejuízos aumentarem é muito grande.
Por mais dolorido que seja, abandone aquilo que é irreversível e controle-se para não olhar para trás. Só desta forma você poderá usufruir do que o futuro te reserva.