por Saulo Fong
Parcerias, amizades, namoros e casamentos chegam ao fim. Porém, relacionamentos nunca mais terminam uma vez que são iniciados.
É muito comum certas pessoas generalizarem e associarem a palavra relacionamento como sinônimo principalmente de namoro ou casamento. Entretanto, essas palavras descrevem apenas modelos de relacionamentos afetivos que podem ser transformados com o tempo.
Primeiro, deixe me esclarecer o que quero dizer quando utilizo a palavra relacionamento.
Toda interação entre duas ou mais pessoas é um relacionamento. A diferença fundamental entre qualquer relacionamento é o grau de intimidade física, mental, emocional e energética entre as pessoas em questão.
No momento que iniciamos qualquer tipo de interação com uma pessoa, criamos em nossa mente uma representação interna dessa pessoa.
Essa representação poderá se transformar conforme conhecemos e nos relacionamos com ela. Porém, ela permanecerá em nossa mente por toda nossa vida. Não é possível esquecer, matar ou apagar da memória a representação interna de qualquer pessoa que conhecemos ou interagimos; apesar de algumas pessoas tentarem ou desejarem isso. A tentativa de se livrar dessa imagem apenas fará com que a sua influência se torne ainda mais inconsciente sobre nós.
Reconhecimento positivo
A outra opção é acolher e se harmonizar com essa imagem interna. Se a pessoa estiver viva e desejar também a conciliação, basta que resolvam a questão pessoalmente para modificar também a relação que você tem com a representação interna do outro. Saberemos se a conciliação foi efetiva, se nos sentirmos bem na presença de tal pessoa ou quando nos recordamos dela na memória.
Caso a pessoa não deseje a conciliação ou ela já não se encontre mais viva, ainda é possível fazer as pazes e conciliar-se com nossas imagens internas através do reconhecimento positivo do papel dessa pessoa em nossa história. O trabalho de constelações familiares pode ser um poderoso processo nessa situação.