Dermocosméticos: o que é isso?

Por Sônia Corazza

Sob esta bandeira proliferam no mercado produtos com o intuito de cuidar da saúde da pele. Mas o que significa este termo, cada vez mais presente no linguajar de todas as pessoas ligadas à beleza?
 
Segundo o professor emérito do Departamento de Dermatologia da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo,  Sebastião Sampaio, “A aplicação de drogas na superfície cutânea, além do tratamento de dermatoses, objetiva proteção e conservação da pele normal”.  

Continua após publicidade

Considero também fundamental relembrar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária define cosmético como o produto de uso externo, destinado à proteção ou ao embelezamento das diferentes partes do corpo. Dessa forma o termo “dermocosmético” se aplica a todo e qualquer produto cosmético que protege a pele e seus anexos.
 
Tenho observado que as empresas frequentemente usam o termo “dermocosmético” para falar de seus produtos definidos pela Anvisa como pertencentes da classificação como grau de risco II, onde princípios ativos bem definidos e em concentrações efetivas, cumprem determinadas funções cosmetodinâmicas como limpar, proteger, estimular e refrescar, entre tantas outras.
 
Ativos cada vez mais ativos
 
A obtenção de princípios ativos potentes movimentou o mercado cosmético, apontando para um caminho de resultados efetivos, no sentido de melhorar a textura e aparência da pele. A partir de então as empresas fabricantes de matérias-primas trouxeram, sempre sob o comando da comprovação científica, novíssimas substâncias com o poder de atenuar o aspecto da pele em processo de envelhecimento. Mas a grande preocupação é realmente a de proteger todas as estruturas dos efeitos deletérios, internos ou externos.
 
A atenção com a proteção solar se consagrou, trazendo uma nova cultura de formular produtos para cuidado facial. Há uma década, eram poucas as empresas que tinham hidratantes faciais contendo filtro solar UVA e UVB. Hoje temos fórmulas com claims de proteger até contra a ação nociva da radiação infravermelha e até da luz azul, gerada pelos dispositivos móveis, como os celulares.
 
Empresas líderes mundiais da área cosmética têm investido milhares de dólares, muito tempo e inteligências em busca  de soluções para melhor compreender a biologia cutânea, os efeitos deletérios da oxidação e as formas de supressão dos mecanismos de defesa. Com tal base de dados, inovações cosméticas surgem a cada dia, tornando  nossa aparência mais preservada e nossa pele mais sadia. Se isso é dermocosmetologia, então estamos conversados. Que assim seja!