por Roberto Goldkorn
Há muitos anos conheci um sujeito excepcional. Ele era um estudioso das medicinas alternativas.
Engenheiro de profissão, ficou rico com uma herança e resolveu se dedicar a estudar e a ajudar as pessoas necessitadas de cura sem cobrar nada.
Estive na casa dele para tratar de outros assuntos, mas foi fatal: acabamos conversando sobre nossso interesses comuns. Eu aproveitei e lhe disse que estava com problemas no meu dedinho mínimo (chamado pelos íntimos de mindinho) da mão direita. Comentei que havia procurado uma médica especialista e ela me disse que eu precisaria operar com outro especialista porque senão perderia o movimento do dedinho.
Ele deu uma gargalhada e disse: não é nada disso. Você teve problemas com seu pai quando tnha mais ou menos 17 anos. Eu precisei sentar para não cair. Ele sorriu e arrematou: seu pai deve ter tido alguma perda financeira significativa nessa época (meu pai faliu e ao mesmo tempo começamos a ter intensos conflitos ideológicos, por que eu “pensava” que era de esquerda e ele era de direita em plena ditadura militar).
O "bruxo" pegou algumas agulhas de acupuntura e espetou na lateral do meu dedo. Conversamos por mais uma hora quando ele tirou as agulhas. Isso tem cerca de quinze anos e eu até hoje não operei e nem perdi os movimentos do meu dedinho gordinho.
Lembrei-me dessa história porque na semana passada analisando a assinatura de um empresário lhe fiz a mesma pergunta: “Você teve um sério problema financeiro há cerca de dez anos?” A resposta foi positiva e imediatamente me remeteu ao diálogo com meu antigo conhecido “bruxo”.
Já vivi o suficiente e estudei o bastante para compreender que a nossa vida está inscrita em diferentes linguagens no nosso corpo e em suas manifestações.
As linhas, traços e “geografia” das palmas das mãos estão cheias de significados que estudiosos dedicam a vida para decifrar. Cada nome pessoal guarda informações precisas sobre a pessoa nomeada. E a assinatura? Essa nem precisa ir muito longe: é um mapa detalhado do corpo, mente e alma do assinante.
Modernamente se descobriu (por acaso) que a íris dos olhos tem sinais que remetem a doenças do corpo: a iridologia.
Os chineses há milênios desenvolveram uma técnica de diganóstico baseada na tomada de pulso do paciente. Ainda hoje apesar de ser comum na China (porque funciona), tem gente que acha isso uma bobagem, mas acreditem já vi isso acontecer e é espantoso.
Essa é a linguagem dos céus: os problemas do corpo e da mente têm resposta no corpo e na mente. Isso me parece lógico.
Alguém já disse: o corpo fala! Mais que isso, o corpo se expressa em formas variadas imprimindo, seja no papel, seja no próprio corpo os sinais de suas várias estruturas.
Mas isso, essa linguagem, não está disponível à observação vulgar de um “olho desarmado”. Esse é um livro que não tem página final, e está em constante processo de se escrever.
Quando conheci o antigo amigo citado no início deste texto, percebi que ele estava “viciado” no estudo desse infinito livro cósmico. E essa é a boa armadilha. No momento que você percebe que existe uma linguagem, começa a decifrá-la e ela realmente remete à realidade, cria-se uma euforia, um “eureka!”, como se atingíssemos um imenso e inesgoátvel veio de ouro.
Minha intuição é de que a infinita sabedoria do DEUS CÓSMICO não jogou dados. Tudo foi amarrado de forma coerente e lógica, porém não foi deixado ao léu.
Como se trata de uma linguagem em vários níveis, vai demandar que nós só a acessaremos quando formos “passando de ano”. A cada degrau evolutivo, cada incremento do nosso nível de consciência, novos e mais profundos conhecimebntos serão liberados ou melhor dizendo, conquistados.
A perfeição dessa engrenagem é tão grande, que o maior obstáculo a esse conhecimento não é a ignorância pura e simples e sim a proficiência intelectual. Quanto mais evoluimos intelectualmente e criamos uma tecnologia (que também almeja o status de linguagem), com seus livros e aparatos complexos, mais o acesso a essa liguagem dos céus fica estreitado.
E é assim mesmo que funciona por enquanto. Para se ter acesso a esse universo há que se ter esforço, há que se jogar numa jornada cujo nome é “enigma”.
Como diz Jung: “Tudo que começa, começa pequeno” ou Nietzsche: “Toda verdade é sinuosa”.
Mas como todo rio (ou quase todo) corre para o mar, um dia todos (ou quase todos) estaremos nos formando nessa Universidade e por isso teremos acesso a esse banco de dados cósmico sobre nós mesmos e assim seremos os condutores de nossa vida.
Enquanto isso se você quer aprender sobre esse Livro Magno, e saber a que estruturas familiares correspndem os dedos da mão ou as letras de seu nome, dê o primeiro passo, comece a busca!
Busca solitária, vou logo avisando. Busca solidária, para seu consolo. Mas poucos desafios valem tanto a pena como esse.