Muita se fala a respeito de controle e o quanto ele é essencial em nossa vida. Obviamente ele é, porém existe uma necessidade de moderação em relação ao controle excessivo; é preciso aprender a viver no meio termo, nem no descontrole total e nem no controle absoluto.
O excesso de controle nada mais é do que um medo inexorável ao descontrole emocional e às mudanças da vida: “enquanto tudo estiver no controle eu não me perco nessa vida”.
Porém, vamos nos enganando nessa tentativa fugaz de controlar o medo, a insegurança, o amor, as diferenças… Criamos essa falsa sensação de segurança num mundo onde tudo precisa estar em ordem, e se alguma coisa sai do controle, posso me perder emocionalmente em enorme sofrimento. E do mesmo o descontrolado que nada teme, restringe ou controla, sofrerá consequências.
O controlador não deixa de ser um medroso frente à vida, temendo perder as rédeas da mesma, temendo o novo.
Esse excesso de controle não é saudável, ele mostra que estamos cambaleando em corda bamba e que precisamos relaxar e enfrentar os nossos medos, baixando nossa guarda em relação à vida.
Descontrolar-se com moderação pode ser extremamente eficaz:
– podemos fechar páginas de histórias já terminadas;
– recomeçar um novo trabalho;
– ir para uma nova cidade;
– mudar uma cor de cabelo;
– ceder um pouco mais aos nossos instintos e vontades.
Outra questão importante é que o controlador sempre acaba sendo um eterno sofredor frente ao perfeccionismo que ele cria em sua mente e modo de agir.
Descontrole-se um pouco, ame mais, gargalhe, permita-se uma viagem dos sonhos, um grande e novo amor, uma nova história de vida e vários recomeços.
Vale a pena!