Da Redação
Não são só as doenças respiratórias que aumentam no inverno. Os riscos de ter síndromes coronarianas agudas (infarto agudo do miocárdio ou angina instável) durante os meses de frio intenso são mais elevados que no verão, principalmente quando a temperatura é inferior a 10 graus centigrados.
De acordo com o médico cardiologista Reginaldo Cipullo, o ataque cardíaco ocorre quando existe exposição prolongada ao frio provocando constrição dos vasos sanguineos e elevação da pressão arterial. "O frio causa alterações no organismo aumentando a atividade do sistema nervoso simpático o que pode desencadear as sindromes coronarianas agudas", explica.
Outro fator que influencia para o crescimento no número de infartos nesta epoca são as infecções respiratórias que aumentam nesta época do ano, alguns microorganismos podem levar a uma estabilização da doença coronária pré-existente. "As inflamações resultantes desses quadros infecciosos podem contribuir para o rompimento de placas ateroscleróticas nas pré-existentes nas coronárias causando novos casos de síndrome coronariana aguda", ressalta.
Pessoas com histórico de doenças cardiovasculares, diabéticos e idosos fazem parte do grupo de risco e precisam tomar cuidado o ano todo mantendo o controle da hipertensão arterial e lipides, além de evitar o tabagismo e realizar atividade física regularmente. Indivíduos que não estejam no grupo de risco devem também controlar seus fatores de risco para ter uma vida longa e saudável.