por Ângelo Medina
Nesta entrevista ao Vya Estelar, o terapeuta Sergio Savian autor do livro, Paquera – guia prático da conquista – E. Gente, ensina como usar o olhar para seduzir. Savian revela técnicas e segredos da paquera e afirma que a cantada é a pior viagem.
Ele explica que a paquera é uma arte e uma brincadeira. E pode ser feita em qualquer lugar. Para ele, a paquera deve ser leve, espontânea, amistosa e recheada de criatividade com bom humor.
Sergio adverte os paqueradores de plantão a fugirem do óbvio. Fala que as estratégias de conquista, variam de acordo com o tempo disponível. Savian aconselha, na hora de abordar alguém, a correr o risco, mas sempre com cautela; dando passos graduais, de acordo com o nível de informação que se tem. Ele diz que a ousadia em excesso, tira a naturalidade da paquera e pode inibir o alvo da conquista.
O terapeuta afirma que a hora da abordagem e o que você diz podem esquentar ou arrefecer uma paquera. Sergio fala que o primeiro passo, para você partir para a arte da sedução, é ter uma auto-estima bem resolvida e um bom astral. Ele apresenta exercícios para você aprender a gostar de você e estar sempre de bom humor na hora de paquerar. Savian mostra um guia prático da paquera com mais de trinta dicas.
Vya Estelar – Qual é a essência da paquera?
Sergio – A paquera é uma espécie de arte, ao praticá-la você fica cada vez melhor. Porque você, aos poucos, adquire consciência deste tipo de comunicação.
Vya Estelar – Como deve ser a paquera?
Sergio – A paquera tem que ser uma brincadeira leve, relax, agradável e tem que ser feita com bom humor. A paquera é uma dança de interesses.
Vya Estelar – Por que nem sempre a cantada é um bom caminho?
Sergio – Porque a cantada é o óbvio, é o clichê. Dificilmente, uma cantada é criativa, espontânea e verdadeira. A não ser que você seja um exímio "cantador". A melhor cantada é você se autodenunciar. Diga, com criatividade, o que pensa e sente, mas sem baixaria.
Vya Estelar – Aonde paquerar?
Sergio – A paquera pode ser feita em qualquer lugar. Numa vitrine do shopping, numa banca de jornal ou até mesmo num velório. Não precisa estar no point mais agitado para conquistar alguém. Tudo vai depender do tempo que você tem, quatro dias ou quatro minutos.
Vya Estelar – Qual é a hora de atacar?
Sergio – Existe um timing na hora de você abordar alguém. Não pode ser antes e nem depois. Você tem que ter uma quantidade de sinais suficientes, da outra pessoa, que lhe demonstrem o real interesse dela. Isso se dá através do olhar, dos gestos, do sorriso, movimentos, postura e cumprimento.
Vya Estelar – Dá para detalhar mais?
Sergio – Não há formulas. Deve-se compreender a linguagem corporal como um todo. O olhar neste aspecto é fundamental. Um bom lance, para que o teu alvo de paquera te perceba, caso não esteja te olhando, é que você de alguma forma se movimente ou se desloque. Pegue alguma coisa perto dele, para que ele te veja. Você como numa pescaria vai tentar fisgar o olho da pessoa.
Os americanos têm um estudo, que numa distância de três a quatro metros, se você ficar três segundos olhando diretamente nos olhos, já é um tempo enorme, para você dar uma bandeira. Você andando e a outra pessoa parada, dois segundos já seria um tempo grande. Enfim, três segundos sem movimento e dois segundos com deslocamento.
O número do olhar
A pessoa te olhar uma vez não quer dizer nada, na segunda já é uma certa bandeira, mas pode ser que ela ache que você é uma pessoa conhecida. Com três olhadas, já e uma bandeira que ela quer contato, mas não se sabe ainda que tipo de contato. Não significa que seja um contato sexual. Aí é necessário que se converse para saber qual é. Isto se for possível. Se ambos estiverem numa roda de amigos, já fica difícil.
O olhar é um toque
Aprenda a tocar a pessoa com os olhos. Na frente do espelho, preste atenção na expressão do seu olhar. Veja se está triste, alegre, preocupado carinhoso ou sensual. Comece então a se testar de várias formas. Vá mudando seu olhar. Perceba que cada vez que você muda o seu olhar, você também muda seu astral. Consequentemente, seus pensamentos e sentimentos mudam.
A pescaria
Se estiver difícil fisgar os olhos da pessoa, que está querendo paquerar, use a seguinte tática. Olhe para os cabelos, para as orelhas, sem pressa e com suavidade. Olhe gentilmente. Faça uma pausa. Retome depois olhando dos olhos para baixo, até chegar ao queixo. Deixe seu olhar vago, passeando pelo rosto da outra pessoa. Você pode olhar também para as mãos, para algum outro detalhe, como um brinco por exemplo. É um jeito de prestar atenção na pessoa sem ir direto ao assunto. Você vai aquecendo o contato até que se sinta autorizado para olhar dentro dos olhos.
Vya Estelar – Quem define a conquista?
Sergio – Uma vez, uma garota me disse: "Quem define é sempre a mulher. Se um cara está me cantando eu cedo ou não. E, na pior das hipóteses, se ele for tímido eu chego. É difícil um homem dizer não".
Vya Estelar – Como despertar o seu lado sedutor?
Sergio – Qualquer pessoa tem um lado sedutor. Cada um seduz com suas próprias armas. Uns seduzem pela intelectualidade outros pela aparência. Cada um deve explorar suas potencialidades, através do autoconhecimento. Até os animais fazem isso. O pavão abre as penas na hora de paquerar.
Vya Estelar – Qual é o perfil do paquerador?
Sergio – Existe o extrovertido e espontâneo que gosta do jogo da paquera e volta para casa com dois telefones por dia. O tímido que sua frio na hora de paquerar e sofre. O indeciso que não parte para ação. Aquele que só paquera figuras conhecidas, tipo colega de trabalho ou alguém que lhe foi apresentado. O romântico que procura o par ideal. E o tipo que está primeiro atrás de uma transa, para depois resolver a questão afetiva. A paquera hoje é unisex principalmente entre os jovens.