por Roberto Goldkorn
Há assuntos que considero importantes e resolvo abordar aqui no Vya Estelar, mas não provocam reação dos leitores, medida por mim sob a forma de mensagens recebidas. Mas em artigo publicado anteriormente nesta coluna (Mudar de sintonia negativa para positiva só depende de você – clique aqui e leia) foi diferente. Recebi inúmeros e-mails comentando e pedindo mais informações sobre o assunto.
Eu propunha para as pessoas que possuíssem uma sensitividade especial, que costumassem sonhar com parentes falecidos, ou ter pressentimentos de tragédias, ou prever mortes, que mudassem de ‘estação’.
Muitas responderam que gostaram muito do artigo, se identificaram com ele, mas não sabiam como mudar de estação. Ou seja, parar de sintonizar o canal da negatividade. Respondi para cada leitor que me escreveu, mas pelo grande número de mensagens deduzo que aqueles que tiveram coragem de escrever representem apenas uma amostra do universo realmente interessado no assunto.
Por isso resolvi retomar ao tema, e dar algumas pistas de como mudar a estação negativa, e deixar de sintonizar os canais das transmissões da ‘morte’. Mas não é só de sensitivos é formada essa multidão de ‘transmissores/receptores’ de mensagens do mal. Pessoas que nem imaginam serem canais, acabam por um motivo ou outro entrando nessas más companhias e vendo a sua vida entrar em colapso.
Não cabe aqui um tratado explicativo do fenômeno, suas causas, origens espirituais, ou psíquicas e o seu mapeamento, até porque não teria competência para tanto.
Mas podemos fazer rapidamente um compacto de procedimentos e atitudes que podem, sim, alterar essa vinculação tão prejudicial.
Cada mente humana, encarnada e desencarnada, emite constantemente ondas de ‘rádio frequência’ capaz de serem captadas por outras mentes. Por afinidades, essas ondas costumam formar grandes feixes de programas de rádio gigantescas, que triscam a atmosfera do planeta em todas as direções. A recepção dessas ondas, por um segundo apenas ou por longos períodos depende de muitas variáveis, impossíveis de serem listadas aqui.
Mas o critério de afinidade/sintonias é o mais poderoso e ao mesmo tempo mais fácil de ser entendido, mesmo por quem na está familiarizado com o assunto.
Experimentos feitos na ex-União Soviética, nos Estados Unidos e em outros países, com hipnose à distância, mostram que a única coisa que pode impedir um sujeito hipnotizado de seguir as ordens de seu hipnotizador, é a curvatura da terra. Isso poderia também servir de bloqueio para as captações que um indivíduo que está no ocidente de captar “transmissões” do oriente e ser influenciado por elas.
Assim a distância, é uma das variáveis que dificultam a sintonia. Mas esse fator está sendo superado pela intermediação dos meios de comunicação, que nos trazem em tempo real as informações (sempre carregadas de teor emocional) e com isso podem reforçar ou criar sintonias boas ou más, servindo-lhes de ponte.
Como falamos antes, o maior fator de sintonia com essas emissões negativas (positivas também, mas aqui vamos tratar só das que constituem problema), é a afinidade, mas também pode ser o vazio mental.
Lembra do velho ditado: “cabeça vazia é a oficina do demônio?” Pois ele está corretíssimo. Não são apenas as pessoas com uma predisposição negativista, mórbida, ou do ‘mal’ que seriam capazes de serem cooptadas pelas emissões negativas, ‘aparelhos’ sem dono, sem uma diretriz, também podem ser ‘escolhidos’ pelos grandes feixes temáticos de emissão de ondas maléficas, e nisso não há nenhum caráter moral, e sim físico.
Na física clássica há um axioma (da impenetrabilidade) que diz: “dois corpos não podem ocupar simultaneamente a mesma posição no espaço”, guardando-se as proporções é mais ou menos isso. Não quero dizer que o fato de você estar sintonizado em alguma estação boa, o coloca a salvo de ser captado ou cooptado por estações do mal.
Infelizmente ondas de pensamento não são corpos sólidos e os axiomas da física euclidiana não funcionam aqui senão como ilustrações. O trabalho de sintonizar o canal ou os canais certos tem de ser constantes, e é uma tarefa para a vida toda.
Muitas vezes nós nem sintonizamos essas estações sinistras e sim somos sintonizados por elas, a partir de coordenadas complexas. Imagine um artilheiro de canhão. O avião sobrevoa o alvo e passa as instruções para ele, dando a distância, a latitude, a longitude, a velocidade do vento, a taxa de deslocamento do alvo, etc. O artilheiro coloca essas coordenadas no seu computador e dispara o canhão.
Pedindo desculpas pelo exemplo bélico, podemos dizer que em alguns casos é exatamente isso que ocorre: nós passamos as coordenadas para as estações negativas ou positivas, e elas nos encontram no meio de bilhões de outros receptores transmissores.
Dicas para mudar da sintonia negativa para a positiva
1- Mude algumas coordenadas do seu comportamento cotidiano.
2- Mude, por exemplo, a sua alimentação. Muitas energias psíquicas pesadas e sofredoras grudam em receptores complacentes e se alimentam através dele, com muita carne, muito embutidos, muito carboidrato nocivo (pães, bolos, doces, salgadinhos industrializados, e todo a linha de junk food). Essa alimentação (se é que podemos chamar isso de alimentação) nos deixa carentes de certas vitaminas (principalmente do complexo B) que enfraquece a nossa mente e a torna amolecida, própria para ser usada e abusada por essas energias.
3- Mude hábitos verbais. É muito comum, pessoas ‘sintonizadas’ pelas estações do mal, insistirem nas mesmas frases ou cacoetes verbais negativos, do tipo “só morto”, “prefiro a morte a …” “odeio isso, odeio aquilo”, “estou ferrado” ou o similar mais pesado, “que miséria!”, “isso não vai dar certo”, etc. Quando repetimos por muito tempo esses comandos negativos acabamos mandando mensagens para o éter, e criamos uma ‘identidade’ pela qual podemos ser reconhecidos e naturalmente atingidos.
4- Vícios são ótimos, pois quando conseguimos nos livrar de algum deles, rompemos de forma brusca com canais que estavam sintonizados e acomodados na parte mais funda da nossa mente. Cigarro, álcool, drogas, comida, sexo, podem se constituir em vícios escravizantes, mas que no fundo são links de sintonia com essas energias mentais/espirituais. O próprio esforço para livrar-se de um vício por si só, já representa a retirada de várias ‘tomadas’ que estavam ligadas no sujeito.
5- Rompimento com círculo de “amizades”. Certas amizades são canais através das quais essas energias nos atingem. Para reconhecê-las faça o teste: depois que você conheceu determinada pessoa a sua vida piorou? Você passou a ter comportamentos dos quais se arrepende, quando sai da esfera de influência dela? Seu corpo lhe dá algum aviso de rejeição que você ignora? Algo do tipo: dores de cabeça, alergias, irritabilidade, dores nas costas, mal- estar generalizado? Você começou a perder dinheiro ou se prejudicar profissionalmente a partir da entrada dessas pessoas na sua vida, mesmo que não haja uma ligação direta entre uma coisa e outra? A qualidade do seu sono piorou? Passou a ter sonhos ruins, muitas vezes envolvendo essas pessoas ou alguém parecido? Você até teve intuição para romper com essas pessoas, mas ‘algo’ o impede, sempre que pensa em tomar uma iniciativa nesse sentido?
6- Mudar os padrões mentais. “Pensamentos são coisas” já diziam os teosofistas da velha guarda, muito sabiamente. Procure identificar padrões de pensamentos negativos recorrentes, e sempre que aparecerem identifique-os e dê uma ordem firme para cancelá-los. Pensamentos com foco em doença, morte, autodestruição, crimes ou transgressões, violências sexuais ou comportamentos sexuais abusivos, desastres, fracassos, invejas, ciúmes, inferioridade, etc, são portas escancaradas para a sintonização de estações do mal. Mude de canal ou cancele a ‘assinatura’.
7- Rompimento com velhos hábitos de vida, mesmo que aparentemente não tenham nada a ver com isso (mudar as coordenadas lembra?). Se não lê, passe a ler, mesmo que seja forçado no início. Peça a alguém que adore ler, umas dicas, e selecione aquilo que acha que vai poder digerir sem muito esforço. Se não faz exercícios, e a simples menção a uma academia, o arrepia, então a hora é essa. É um ‘urbanoide’ convicto e juramentado? Procure passar um fim de semana no campo. Ao contrário detesta a cidade grande? Vai lá andar de metrô e sentir a pulsação das multidões. Passa longas horas em frente à TV sentado e comendo porcarias? Desligue a TV e vá ouvir rádio.
8- Mudança da ‘resposta automática’ às situações-provocações. Identifique quais são as situações às quais você reage de forma imediata e ruim (em geral se altera ou se arrepende depois), tipo pavio curto. No meu caso o que me “tira do sério” é o trânsito. E você? Procure se recondicionar. Imagine as cenas que você já viveu tantas vezes, como reagiu, o que sentiu, etc. Mude a resposta. O velho recurso de contar até dez funciona maravilhosamente.
Essas são apenas algumas dicas para todos aqueles que sentem a necessidade de mudar de canal, para viverem melhor, mais livres, e mais prósperos. É claro que muitos vão dizer que é mais fácil falar do que fazer, e é verdade. Mas permanecer na sintonia da negatividade é flertar com a doença e com a morte. Tenho absoluta convicção que o esforço para mudar a sintonia, será tão recompensador, que todo sacrifício será visto como caminho de LUZ.