Da Redação
Estudo publicado pelo periódico Archives of General Psychiatry revela que as pessoas que seguem a dieta mediterânea têm menos risco de desenvolver depressão.
Vale lembrar que a dieta mediterrânea é uma alimentação rica em peixes, verduras, legumes, frutas, cereais (melhor se forem integrais), azeite e outras fontes de ácidos graxos insaturados, baixo consumo de carnes e laticínios e outras fontes de gorduras saturadas, além do uso moderado, porém regular, de álcool.
A pesquisa avaliou os hábitos dietéticos de mais de 10 mil espanhóis e calculou a aderência à dieta mediterrânea baseada numa pontuação que incluía 9 itens da dieta. Após um acompanhamento de 4.4 anos em média, 480 novos casos de depressão foram identificados (156 homens e 324 mulheres). Os indivíduos que tinham uma boa aderência à dieta mediterrânea apresentaram um risco de depressão 30% menor quando comparado àqueles que apresentavam baixa aderência.
Existem evidências de que são menores os índices de depressão em países mediterrâneos do que em países do norte da Europa e a dieta é uma forte candidata para explicar essa diferença. Estudos prévios sugerem que a gordura insaturada proveniente do azeite, alimento abundantemente usado na dieta mediterrânea, pode ser um dos componentes da dieta com grande poder de prevenir a depressão.
Entretanto, o atual corpo de conhecimento não nos permite dizer que existe um determinado alimento da dieta mediterrânea que seja superior a outro na prevenção da depressão. A combinação sinergística dos diversos componentes parece ser a maior responsável pelo poder da dieta mediterrânea em prevenir a depressão e tantas outras doenças graves como a doença de Alzheimer e as doenças cardiovasculares, além de ser uma das melhores dietas para o controle o do peso corporal.
Fonte: Dr. Ricardo Teixeira – Doutor em Neurologia pela Unicamp