por Marta Relvas
A Neurociência comprova que as diferenças anatômicas entre o cérebro masculino e feminino são sutis, quase imperceptíveis a olho nu!
O que promove as diferenças comportamentais nos aspectos neurobiológicos?
São os estímulos e as possíveis conexões neurais realizadas ao longo do desenvolvimento do cérebro cognitivo, emocional e social, influenciado pela cultura.
Vale destacar, que os hormônios desempenham funções importantes nas ações relacionadas às habilidades específicas de cada gênero no contexto da aprendizagem, mas não pode ser considerado como fator determinante. Atuam, também, nas características secundárias da sexualidade, como por exemplo: voz, pelos etc.
Em pesquisas neurocientíficas, não invasivas, por meio de imagens, demonstram reais assimetrias anatômicas entre os cérebros femininos e masculinos e, também apresentam, relevantes diferenças neuroquímicas de neurotransmissores conhecidos como norepinefrina, que é desigualmente distribuída na metade direita do tálamo (estrutura subcortical que atua como principal centro de distribuição dos impulsos elétricos para o córtex.
No homem, apresenta mais quantidade no tálamo direito, enquanto nas mulheres no esquerdo. Estas diferenças, demonstram como os estímulos são recebidos, distribuidos e interpretados em cada estrutura cerebral, promovendo diferentes assimilações.
Outra questão científica relevante entre os cérebros masculinos e femininos é que a diferença de gênero pode provir especificamente das regiões frontais de cada hemisfério, devido ao encontro de feixes nervosos que, nas mulheres, são mais densos que nos homens. Essa anatomia promove um funcionamento mais rápido dos impulsos nervosos. E mais: enquanto o lobo frontal direito exerce a função da habilidade de alterar uma estratégia, o lobo frontal esquerdo é envolvido na habilidade de avançar ou elaborar uma nova estratégia rapidamente.
O mecanismo para essas diferenças entre os gêneros não é totalmente conhecido, mas provavelmente é envolvido também pelos efeitos de organização e ativação dos hormônios sexuais (estrogênio e testosterona).
Além disso, os efeitos organizacionais dos hormômios ocorrem durante o desenvolvimento dos órgãos sexuais e a masculinização ou feminilização do cérebro de forma relativamente permanente.