por Anette Lewin
"Tenho 24 anos e namoro um pouco mais de dois anos."
É normal sim que os relacionamentos se modifiquem com o passar do tempo. Se todos os casais entendessem isso, haveria muito mais harmonia entre eles. A fantasia de um bom relacionameto na cabeça das pessoas está vinculada erroneamente a uma empolgação eterna.
Resposta: Isso não acontece, simplesmente porque essa empolgação, que muitos denominam paixão, está ligada ao desconhecimento sobre o outro. Ficamos empolgados e nos dedicamos intensamente ao que não conhecemos, pois o desconhecido é um terreno virgem a ser conquistado. Quando o desconhecido se torna conhecido e deixa de nos surpreender a cada momento, por lógica, essa empolgação tende a diminuir. Isso não quer dizer que deixamos de gostar, mas sim que passamos a gostar de alguém que já conhecemos e esse tipo de amor é diferente da empolgação da paixão. É um gostar mais tranquilo, mais profundo e mais calmo.
Com relação à sua namorada, tente compensar essa falta de empolgação com uma dedicação mais consciente. Se antes você não tinha que fazer nenhum esforço para se sentir empolgado,entenda que essa nova forma de sentir em relação à sua parceira, significa a entrada numa nova fase de relacionamento que pode assustar, num primeiro momento, mas depois pode encantar. A paixão pode mobilizar, mas só esse sentimento mais profundo que muitos chamam de amor pode nos preencher plenamente.
Namoro uma garota com personalidade forte
Como evitar os conflitos?
Diz o ditado que quando um não quer, dois não brigam. Para que não haja o confronto direto, deixe que ela diga tudo o que tem a dizer, mas não responda na hora.
Resposta: Ninguém presta atenção em ideias quando está brigando, portanto, deixe para expor o que você pensa em momentos mais tranquilos. Alem do mais, se você permitir que ela fale o que pensa até o fim, sem interromper, talvez a idéia dela fique mais clara tanto para um quanto para ela. E, provavelmente, quando você for expor o que pensa, ela também te dará a oportunidade de falar até o fim. O intervalo entre esses dois momentos pode se transformar numa excelente pausa para reflexão que é essencial para entendermos a nós mesmos e aos outros.
ATENÇÃO: As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não se caracterizam como sendo um atendimento