É possível mudar o foco e vivenciar o sentimento da saudade com menos sofrimento

Da Redação

Em 30 de janeiro, é comemorado no Brasil o Dia da Saudade.

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A data foi instituída para celebrar as memórias do passado, de pessoas que já se foram e de bons momentos vividos.

De acordo com pesquisa realizada por uma empresa britânica com mil tradutores e publicada pela BBC, a palavra da língua portuguesa “saudade” é a sétima mais difícil de ser traduzida entre todos os idiomas.

“Saudade é uma lembrança que volta à consciência frequentemente, estando atrelada a algum aspecto vivido ou alguém que tenha passado em nossas vidas e que, por algum motivo, não está mais presente. Os principais sintomas são a lembrança recorrente, melancolia, angústia no peito, falta de concentração, entre outras sensações”, tenta explicar o sentimento a psicóloga Aline Melo.

De acordo com a especialista, a saudade não se direciona apenas às pessoas, mas também às coisas, aos lugares e até às fases da vida. “Pode ocorrer por um tempo determinado, devido a uma viagem, um afastamento temporário, ou, em outras situações, não tem data para terminar, como quando alguém falece”.

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Viver este sentimento é de extrema importância para aprender a lidar com ele, porém alimentá-lo a todo tempo pode impedir que se viva momentos bons no presente. “Tente pensar na saudade não somente como um aspecto dolorido, mas se lembrando de que se você sente falta de algo ou de alguém é por que teve uma experiência positiva com essa memória. Estimule as lembranças, mas não a dor da ausência. Essa mudança de foco pode ajudar a lidar melhor com o sentimento”, aconselha a psicóloga.

Caso a saudade se torne obsessiva, fazendo com que a pessoa permaneça por muito tempo em estado melancólico e a impedindo de se conectar e vivenciar emoções e experiências atuais, é necessário procurar ajuda de um profissional especializado para identificar o quanto este sentimento pode ter se tornado patológico. “Ao lidar com a saudade de maneira mais saudável e apropriada, ela poderá adormecer por um tempo, surgindo ainda em alguns momentos, mas não prejudicando as vivências do presente”, finaliza Aline Melo.
 

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.

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