por Danilo Baltieri
Resposta: É possível uma pessoa deixar de fazer uso da substância sozinha. No entanto, existem evidências de que o tratamento adequado aumenta as chances de um melhor resultado. Indivíduos que se tratam mostram maiores chances de permanecerem abstinentes e de evitarem recaídas.
Estou grávida de três semanas e antes disso tomava ácido (LSD) e usava cocaína, não sou viciada
Porém, sempre que saia usava, agora que descobri a gravidez, estou com medo principalmente sobre o ácido. Meu bebê já pode estar prejudicado?
Resposta: Infelizmente, o consumo de substâncias psicoativas durante a gravidez representa um sério problema de saúde pública. Em 2002, por exemplo, 3% de todas as mulheres grávidas entre 15 e 44 anos de idade consumiram uma ou mais drogas ilícitas durante a gestação nos Estados Unidos da América. Os estudos têm tentado separar os efeitos sobre os fetos de cada droga isoladamente, mas as dificuldades nesta tarefa são muitas, especialmente porque as mães acabam por fazer uso de mais de uma droga ao mesmo tempo.
Na verdade, não existe qualquer nível de consumo seguro de drogas lícitas e ilícitas durante ou fora da gestação.
Alguns autores referem que quanto maior o tempo de exposição, maior a quantidade da droga utilizada e mais precoce o seu consumo na gestação, maiores serão os efeitos deletérios sobre o feto. Entretanto, em relação a algumas drogas, isso pode não ser verdadeiro.
Existem várias complicações físicas e psíquicas ao feto advindas do consumo de substâncias psicoativas. No entanto, isso não quer dizer que o seu bebê está prejudicado. Isso apenas quer dizer que você não poderá fazer uso de qualquer droga, especialmente neste momento.
Por favor, realize seu pré-natal com o médico da sua confiança, não deixe de informá-lo sobre o seu precoce consumo de substâncias e siga as orientações que ele lhe prescrever. Isso, seguramente, amenizará quaisquer complicações possíveis do consumo inadequado de substâncias do passado.
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Atenção!
As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psiquiatria e não se caracterizam como sendo um atendimento