por Thaís Petroff
“Nada é permanente: a única certeza é a inconstância. O que traz sofrimento não são os novos eventos em si, mas a dificuldade em se adaptar a eles”
Não é raro ouvirmos alguém se lamentando por alguma coisa de sua vida, como por exemplo, o término de um relacionamento. Muitos de nós nos entristecemos ou nos indignamos diante de algumas mudanças ou perdas.
Não há nada de errado em termos sentimentos diante das situações, mas também é importante lembrarmos que vida é movimento. Assim não corremos o risco de nos fixar no apego a determinadas situações e sofrermos demasiadamente quando elas mudarem.
O que determina vida nos organismos é a pulsação e, quando esse movimento cessa, sabemos que não há mais vida ali. Diante disso, é esperado que nós, vivos, só inspiremos por que também expiramos, só comemos por que evacuamos, só nascemos por que morremos e, assim, não haverá alegrias sem tristezas, prazeres sem dores.
Esperar uma vida sem altos e baixos é desejar o impossível. Faz parte de estar vivo haver mudanças e instabilidade. Quando só houver estabilidade, quando não houver mais inconstâncias, então será como aparece no eletrocardiograma: uma linha reta que demonstra que a pessoa morreu.
Vivamos então com a única certeza que podemos ter nessa vida: “Nada é permanente. A única certeza é a inconstância”.