por Eliana Bussinger
Você conhece o jogo infanto-juvenil chamado Banco Imobiliário? Para iniciar a brincadeira, os participantes distribuem igualitariamente dinheiro e outros ativos imobiliários que compõem o tabuleiro do jogo.
A partir daí, em uma associação de sorte, inteligência, intuição e algum conhecimento financeiro definem-se os ganhadores e os perdedores.
O curioso desse jogo é que todos iniciam a partida da mesma forma, com as mesmas vantagens financeiras e o sucesso no resultado dependerá muito mais das habilidades de cada um do que da sorte de ter “nascido” – ou iniciado o jogo – com mais ou menos dinheiro.
Na vida real, ainda que o justo seria que todos nós, independente dos ganhos, de raça, idade ou posição geográfica, tivéssemos a oportunidade de começarmos a vida com algum ativo.
Mas não é o que acontece na imensa maioria dos casos.
Mas se não nascemos com essa sorte, ao menos “temos dois pés para cruzar a ponte” como diria Raul Seixas. Podemos ir atrás de construirmos o nosso futuro de maneira equilibrada e isso significa buscar a acumulação de ativos tangíveis e intangíveis, indispensáveis para vivermos com dignidade em uma economia global, empresarial e informacional e, principalmente, dinamicamente em metamorfose.
É provável que você, assim como milhões de outras crianças no mundo inteiro, começaram a vida com algum déficit de riqueza. Isso, sem dúvida reduz as chances de sucesso pela vida afora, principalmente porque iniciamos a vida com uma profunda medida diferencial de acesso a uma série de coisas, entre elas a educação, saúde, cultura e muitas outras oportunidades sociais
Bem… se não podemos ao nascer, eliminar as defasagens individuais e sociais que muitas vezes nos colocam no fim da fila, ao menos ao longo da vida, precisamos correr atrás desse prejuízo.
A primeira coisa é procurar construir ativos, principalmente os intelectuais. Sim, é isso mesmo. Estudar é preciso, ainda que seja difícil. Se fosse fácil não seria um martírio mandar as crianças fazerem lição de casa todo dia.
O IBGE recentemente mostrou que quem tem nível superior consegue salários acima de 190% com relação aos que não estudaram.
A segunda coisa é não deixar que o desequilíbrio financeiro se estabeleça, para não comprometermos o presente, e principalmente o futuro. Afinal, quanto mais turbulenta a vida pessoal ou a economia, mais as pessoas precisam de ativos líquidos, inclusive para acionar mecanismos de ajustes em épocas de sobressaltos.
A terceira coisa é passar a compreender o que poucos compreendem, que ativos, e não apenas receitas, promovem um escape duradouro da pobreza. Por isso é preciso impor disciplina financeira em base regular em sua vida.
Seguindo a ideia de que trabalho duro e parcimônia por si só não são responsáveis pela prosperidade individual, um dos principais fatores que influenciem a acumulação de ativos, é a educação financeira.
Educar-se financeiramente é preciso para acumular ativos e prevenir-se quanto ao futuro. Não dá para operar no mercado com eficiência sem estudar.
Uma das formas de se expor a um conhecimento maciço concentrado em um único lugar – e gratuito – é assistir às palestras da feira de investimentos Expo Money. Essas feiras ocorrem ao longo do ano em vários lugares do Brasil.