por Sonia Corazza
O mel é um composto rico constituído principalmente de água, glicose, levulose e sacarose, mas também contém pequenas concentrações de vitaminas e proteínas — ingredientes potencialmente hidratantes para a pele e cabelo.
De maneira geral o mel da Apis melífera, aquela abelhinha bem conhecida pelas suas listras amarelas no dorso, pode ser usado para a pele e até qualquer tipo de cabelo, pois vai reter a umidade fundamental para manter os fios flexíveis, brilhantes e macios; e já que não altera nada em relação à secreção sebácea, pode ser usado até para quem tem raízes oleosas.
Um trabalho científico conduzido pelo Institute of Indigenous Medicine, University of Colombo, em Rajagiriya, no Sri Lanka, publicado em abril/2012 pelos professores Ediriweera e Premarathna do Departamento Nidana Chikitsa, estudou a importância do mel de abelhas e sua multiplicidade de valores medicinais, cosméticas e gerais. Concluíram que o mel de abelha fresco pode ser usado em cosméticos na preparação de lavagens faciais, hidratantes de pele, condicionadores de cabelo e no tratamento de espinhas.
Geleia real
A geléia real é um produto da abelha contendo proteínas, carboidratos, gorduras, aminoácidos livres, vitaminas e minerais. Como o seu principal ácido graxo insaturado é o ácido 10-hidroxi-2-decanoico, que pode ter uma capacidade para estimular a produção de colágeno, a geleia real é um verdadeiro ativo poderoso para fórmulas cosméticas, que vai bem além da hidratação proporcionada pelo mel.
E aqui tenho um trabalho científico fantástico para contar para vocês, publicado em setembro de 2011 pelo Department of Medical Science, na Kyung Hee University, na Coreia do Sul (Seul), abordando as propriedades da geleia real contra os danos da radiação UVB e o fotoenvelhecimento. Nesse estudo liderado pela equipe do professor Park HM, foram testados os efeitos da geleia real na pele fotoenvelhecida por radiação UVB. O resultado foi fantástico e ficou comprovado que a geleia real pode proteger a pele contra o fotoenvelhecimento induzida por UVB aumentando a produção de colágeno.
Quem não pode usar
Pessoas com potencial de sensibilidade ou alergenicidade comprovada ao mel não devem usar nenhum tipo de produto contendo esse ingrediente. E aqui vale uma ressalva importante: é preciso conhecer a procedência e qualidade do mel antes de colocar qualquer produto diretamente sobre a pele. Investigue sempre se a empresa é idônea e se realizou testes dermatológicos que comprovem a segurança de uso de seus produtos.