por Anette Lewin
"Estou envolvida com um homem casado. Há um ano ele tenta se separar da esposa, mas ela tem depressão e não aceita. O que eu faço?"
Resposta: Bem, assim como esse homem está "aprisionado"pela depressão da esposa, você está "aprisionada"pela "indecisão" dele. Sim, porque essa prisão não é real, é psicológica. Tanto ele pode largar da esposa, se assim o quiser, quanto você pode largar dele, se quiser.
Vejamos… A esposa tem depressão e não aceita. Se isso for verdade, você já se perguntou por que essa depressão não é tratada? Existem remédios, psicoterapia, enfim, ninguém é obrigado a ficar deprimido a vida toda. Talvez essa depressão esteja sendo mantida por ela única e exclusivamente para impedir a separação. Pode ser também que a depressão da esposa esteja sendo usada por ele para manter a situação como está. Talvez, a verdadeira vontade dele seja ter as duas mulheres, mas isso não é permitido em nossa sociedade.
A melhor forma de tomar uma decisão frente a uma situação como essa, é tentar entender o que você espera da relação e, principalmente, o que essa relação pode oferecer a você na realidade. Você está se relacionando com um homem que se deixa aprisionar por culpa, que leva dois relacionamentos ao mesmo tempo e que coloca no outro a responsabilidade pelas suas atitudes.
Se esse tipo de parceiro lhe agrada, vá em frente. Se apesar de tudo isso, você acha que vale a pena pelos bons momentos que vivem juntos, vá em frente. Mas não se esqueça que essas caracteristicas dificilmente mudarão se ele chegar a se separar e ficar com você. E que daqui a algum tempo você pode ter que ficar deprimida para segurá-lo… Ou não.
Entenda também o que a faz ficar aprisionada à indecisão de seu parceiro. Além de gostar dele, será que você também não está usando a indecisão dele para não ter que começar uma nova busca por alguém que realmente queira ficar com você? Será que você realmente quer um relacionamento estável com alguém? Por quanto tempo? Prefere uma vida rotineira ou uma vida cheia de emoções? As respostas a questões como essas podem ajudá-la a tomar uma decisão mais saudável e coerente.