por Marta Relvas
Nos anos 90, o estudo das emoções tornou-se bastante popular, tendo em conta o número elevado e crescente de publicações científicas nesta área, que teve ainda a atenção prestada pelo grande público a obras científicas, como O Erro de Descartes de Damásio (1994/1995), A Inteligência Emocional de Daniel Goleman (1995/1997) e o Cérebro Emocional de Joseph LeDoux (1996).
As emoções humanas são uma fonte valiosa de informação que ajuda a tomar decisões. Estas são o resultado não só da razão, mas também da junção de ambas, associadas a outras competências emocionais que podem levar ao sucesso. O sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções e comportamentos sociais, englobando aprendizagem, memória e motivação.
Sua principal função é a integração de informações sensitivo-sensoriais com o estado psíquico interno, onde é atribuído um conteúdo afetivo a esses estímulos. A informação é registrada e relacionada com as memórias preexistentes, o que leva à produção de uma resposta emocional adequada.
Estar atento às emoções, e saber lidar com elas, também faz parte da vida consigo mesmo e com o outro. É preciso entender que existe uma neuroanatomia funcional para atender a “Alfabetização socioemocional e afetiva educacional”
O grande desafio do educador é conhecer o cérebro dos aprendizes, e tão logo o funcionamento, pois cada um tem as suas próprias características. “Como o sistema nervoso de uma criança em desenvolvimento é mais plástico que o sistema nervoso do adulto, a atuação correta e eficaz na estimulação da plasticidade é de fundamental importância para a máxima da função motora/sensitiva do aprendente, visando facilitar o processo de aprender a aprender no cotidiano escolar.”