por Lilian Graziano
Você, cara leitora, caro leitor, imaginaria que seus pontos fortes, seu otimismo e suas emoções positivas têm tudo a ver com a promoção de uma maior conscientização ambiental? Pois alguns autores e pesquisas apontam uma relação mais que estreita entre todos esses elementos e uma maior sustentabilidade.
Os estudos de Mihaly Csikszentmihalyi sobre o conceito de flow, bastante difundido na Psicologia Positiva, por exemplo, destacam-se entre as reflexões de Niki Harré, autora do best seller “Better World: Strategies to Inspire Sustainability”, professora de Psicologia Ambiental na Universidade de Aukland, Nova Zelândia. Para ela, oportunidades adequadas para aumentar a sustentabilidade do planeta são aquelas em que a conscientização está ligada às paixões e talentos dos indivíduos, à intensidade da experiência de flow que essas ações são capazes de promover.
Lembrando que o flow, segundo a Psicologia Positiva, é, grosso modo, o envolvimento completo com o que se está fazendo, empregando foco e concentração, com prazer e gratificação pela atividade.
Já outra pesquisa, desta vez do neurologista norte-americano Scott Sherman, da Universidade de Tucson, EUA, destaca que promover a empatia expondo-se às injustiças implícitas nas questões ambientais e elaborar uma perspectiva positiva para corrigi-las ajudariam a desenvolver ações mais engajadas, visando a uma maior sustentabilidade.
Enquanto isso, a autora do estudo “Integrated Well-being: Positive Psychology and the Natural World”, Aislinn Pluta, da Universidade da Pensilvânia, EUA, ressalta a importância das emoções positivas para inspirar comportamentos sustentáveis, uma vez que elas seriam capazes de “expandir e aprofundar a consciência da nossa conexão com os sistemas de vida que nos rodeiam”.
Tais informações demostram a relevância da Psicologia Positiva como campo de estudo e prática para promover profundas transformações na sociedade (para melhor), mas, sobretudo, destacam o impacto de comportamentos individuais (vivenciar mais emoções positivas, ter uma perspectiva pragmática e otimista, estar ciente e praticante de seus melhores talentos e habilidades) no coletivo, resultando em uma maior sustentabilidade.
Como Ghandi costumava pregar, devemos ser a mudança que queremos ver no mundo, o que esses estudos e pontos de vista só vêm reforçar.
Leia matéria completa a respeito na edição 8 da revista MIP Mag, do Instituto de Psicolologia Positiva e Comportamento, no site www.makeitpositivemag.com