Entenda a relação entre água, yoga e meditação

por Nicole Witek

Estou saindo de um congresso no Sul da Franca, o tema: a água.

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Interesso-me de perto pelas questões relacionadas à água e achei que conhecer um pouco mais sobre os últimos avanços da ciência em relação a esse assunto me ajudaria a ter uma melhor compreensão do yoga, afinal, nosso corpo é constituído por mais de 75% água. Água e ar são elementos básicos na composição do corpo e achei que valeria a pena saber um pouco melhor como funciona um dos principais integrantes de nossa vida interna.

Participavam desse congresso cientistas de laboratórios farmacêuticos, profissionais da área de cosméticos, homeopatas, professores de universidade e somente eu da área do yoga.

Terminei o congresso com alguns conhecimentos que gostaria de compartilhar com meus leitores. Transmitir um pouco dessas reflexões que só me deixam ainda mais fascinada pela ciência do yoga.

Doutor em farmácia, biólogo, especialista em nutrientes essenciais e fundador do laboratório Nutergia, Claude Lagarde escreve que nossas células estão funcionando graças a uma inteligência extraordinária. “A saúde está escondida no coração das células”. A saúde depende das células que constituem nosso organismo, da vida de cada ser que compõe o organismo e dos nutrientes que elas recebem. Nossas trilhões de células podem sofrer de carências nutricionais, cujos nutrientes dependem das moléculas de água para serem metabolizadas.

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O professor Roger Raynal da Universidade de Toulouse, explicou que durante o processo de evolução da vida, a água se tornou onipresente na bioquímica. Fonte de hidrogênio e oxigênio, captadora de elétrons, a água está em todos os processos de síntese das moléculas da vida, até na eliminação do gás carbônico, CO2. A química inteira da vida vem das bactérias, que deram origem as outras formas de vida, usando a água de maneiras variadas, porém estando na origem das reações bioquímicas essenciais para a vida: a fotossíntese – reação da molécula entre a água e o fóton, partícula de energia solar.

O professor Jean Le Chapelier, centro hospitalar da universidade de Soissons, na França; explicou que o universo está banhado por um campo eletromagnético. O conceito passou ao longo dos séculos de um campo de influência dito “da força dos espíritos” a um campo de eletromagnetismo e imantação, a um campo eletromagnético e o spin – o movimento das partículas – e do spin às equações de Maxwell (*). As moléculas de água, cujos prótons giram a uma velocidade extraordinária, geram um campo eletromagnético. Assim, a molécula de água tem uma estrutura elétrica e uma estrutura magnética.

Entre cada partícula das moléculas existe um espaço, caracterizado como vazio. Não se trata de um vácuo sem nada, porém de um vazio ativo. Trata-se de um espaço informacional, onde as informações eletromagnéticas têm possibilidade de serem transportadas, de serem propagadas.

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Mundo interno

No nosso mundo moderno, o campo eletromagnético da célula está submetido às influências de vários campos eletromagnéticos durante o dia.

Como as ondas eletromagnéticas se transmitem no vácuo?

O espaço realmente vazio é totalmente diferente do vácuo da água. A formulação desse vácuo é muito parecido como o “ether” da física, e desse meio se propagam as informações de um campo eletromagnético universal; chegam-se as noções mais modernas de campo cósmico ligando todo as camadas mais profundas da realidade, um campo que está por detrás de nossa realidade e que mantém a informação, que transmite a informação.

Os sábios da antiguidade conheciam esse campo: o campo do akasha. Esse campo é como um oceano sutil de energias flutuantes a partir do qual tudo emerge: átomos, galáxias, estrelas, planetas, seres vivos e ainda mais: de onde emerge a consciência. Esse campo detém todos os dados de tudo que já aconteceu a nosso planeta e ao cosmos, e coloca tudo que existe em correlação. O mundo da ciência está mais uma vez comprovando as visões e as intuições dos sábios: existe uma harmonia unificada no universo.

O filósofo WIlliam James disse “Somos como ilhas no mar: dissociados na superfície, mas interligados pelo fundo”.

Parece que a água do planeta, a água de nosso ser, é o meio onde se propagam as informações, não só para nossa vida celular, mas para a vida em si.

O campo eletromagnético original de nossas células está sendo perturbado permanentemente, está sendo constantemente poluído e isso gera doenças ditas de “civilização”. Essas perturbações geram problemas de saúde e desequilíbrio geral.

O professor Le Chapelier nos indica meios de re-equilibrar o campo eletromagnético de nossas células. Um deles é o uso de um “kit” – colar e pulseira – que vai reativar os **condrócitos e um outro meio seria um compensador à base de água informada. Ou seja, a água receberia um sinal elétrico, uma informação especifica para compensar as perturbações geradas pelos sistemas de wi-fi. A técnica wi-fi (wireless) e uma técnica de informática sem fio que permite a transmissão (transporte) de milhares de informações usando ondas eletromagnéticas.

Segundo o professor Le Chapelier, essas ondas eletromagnéticas perturbam a comunicação entre as células. Precisaria de compensador para restabelecer o equilíbrio perturbado das células pelos sistemas de wi-fi que banha hoje quase a totalidade de nosso planeta.

E finalmente o que mais ajuda a re-equilibrar nossa harmonia celular?
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Adivinhe o quê? A meditação! A meditação sobre o manipura chakra, sobre a região do ventre.

Sabemos que nosso ventre é um “saco cheio de líquidos”. Levando toda nossa atenção para essa região do corpo, sentindo sua saúde e seu bem-estar é o meio mais “barato” para re-equilibrar nossa harmonia celular, para “re-informar” nosso sistema e permitir que o campo eletromagnético original do universo informe cada célula de maneira perfeita.

Precisamos revisar todos os nossos conceitos. Isso já aconteceu na história da ciência: gênios foram queimados na fogueira ou tiveram que negar suas descobertas e depois se tornaram heróis dos avanços modernos.

Segundo os antigos filósofos da Índia (Upanishad – texto tradicional Índiano), “o universo é composto pelo Akasha, ou seja, a existência onipresente em tudo. Tudo que tem uma forma, tudo que é resultado de uma combinação de elementos, vem do Akasha. E não podemos sentir o Akasha, ele é tão sutil que ele foge à percepção comum. Só pode ser enxergado quando se cristaliza em uma forma, quando se transforma em ar, que se torna liquido, que se torna sólido. O Akasha se torna Sol, Terra, Lua, estrelas e cometas. O Akasha forma o corpo humano, os animais, as plantas, cada forma que se enxerga, que se sente, vem do Akasha. E dele nascem todas as formas…”

Estamos assistindo as mudanças de visão, de paradigma. percebendo que estamos todos interligados através do Akasha, ou seja, do campo eletromagnético do universo, através das moléculas de água, do vetor das informações, podemos gerar comportamentos diferentes, como aumentar a consciência de cada um perante o planeta e suas águas e perante o outro, aumentando assim nossa responsabilidade para manter a paz e a harmonia do mundo.

*As chamadas equações de Maxwell (em homenagem a James Clerk Maxwell) descrevem os fenômenos eletromagnéticos (elétricos e magnéticos). Para dar uma idéia do alcance dos fenômenos regidos pelas equações de Maxwell basta lembrarmos que a luz é um fenômeno de origem eletromagnética. Desde quando formuladas, há mais de um século, essas equações passaram pelos mais severos testes experimentais e sem dúvida constituem-se num dos pilares da Física.

**Condrócitos: células que constituem a cartilagem capturando a água dentro das articulações. Os condrócitos capturam a água das moléculas. Essa água atua como amortecedor e atrai os nutrientes dentro da cartilagem, entre outras atividades químicas. Pela reações elétricas dentro das células, as cargas negativas se repuxam e permitem assim a liberação de espaço onde as moléculas de água podem "vasar" para dentro. Esse processo previne o envelhecimento das articulações.