por Carminha Levy
O tópico inteligência social é a última descoberta científica da psicologia.
O que muitos de nós já sabíamos e praticávamos, orientados pelo bom senso, hoje é um “dogma” psicológico. Essa nomeação filia-se ao boom dos anos 90 quando a inteligência emocional tornou-se a varinha mágica da solução de todos os problemas pessoais, afetivos e intelectuais. Agora o leque se abre e temos como bússola para trilhar o sucesso e a felicidade coletiva a inteligência social.
Tudo começou com um estudo da Universidade de Toronto (Canadá) com a descoberta do “gene” da gentileza. Existe a chance de uma em três de se nascer com ele
Os felizardos portadores desse genótipo gene (GG como é chamado), são aqueles simpáticos, extrovertidos, bem-relacionados e sempre dispostos a ouvir o que os outros têm a dizer.
Adaptei esta nova teoria aos ensinamentos xamânicos e vamos viajar para aprimorar a inteligência social com a ajuda de nossos animais de poder para mudar o destino genético de quem não é GG recuperando o que a biologia lhes negou.
São seis as habilidades fundamentais que compõem a nova teoria da inteligência social – a capacidade de lidar com as outras pessoas e assim garantir o sucesso na vida pessoal e profissional.
São elas: comunicação, empatia, comunicação não verbal (a fala do corpo), assertividade (a arte de dizer NÃO), autoapresentação e feedback.
1) Comunicação:
É o princípio de uma boa relação. Uma conversa corriqueira, agradável, pausada, pontuada pela atenção e compreensão de ambas as partes: deixe o outro falar ouvindo o que ele diz e não o que você ACHA que ele quer dizer. Não interrompa e crie seu momento de também falar.
Isto é a premissa básica de um bom relacionamento. Quando não é boa, abre brecha para suposições e o entendimento fica truncado.
Agora um pequeno exercício:
Vá ao seu local de poder, "Viaje" para pedir ao seu animal de poder ou ao animal que se apresentar, pois ele poderá ser seu animal da comunicação e peça-lhe que mostre como você se comunica. Decifre a fala de seu animal (na Paz Géia temos cursos para isto) e aqui vai também uma orientação psicológica de como mudar:
a) Exercite a “informação gratuita” boa para os momentos de silêncio embaraçoso ou para facilitar primeiros contatos – vale até o bom e velho comentário sobre o tempo.
b) Pratique a escuta ativa: ouça com total atenção seu interlocutor. Evite finalizar as frases deles (pecado imperdoável), acene com a cabeça, use o corpo todo para escutá-lo e, atenção: lembre-se de estar inteiro e que a energia permeia todo nosso campo e o outro capta se você “ não está nem aí”.
c) Evite comportamentos tóxicos: não monopolize a conversa, não mude de assunto por mero capricho ou desatenção, não se queixe demais e NÃO DÊ CONSELHOS a não ser que seja pedido e mesmo assim cuidado.
2) Empatia:
Condição “sine qua non” não existe jamais inteligência social mesmo que você seja um (GG) enrustido, mas criado como um troglodita. Praticar empatia é um ato de compaixão; é se colocar no lugar do outro com o coração para tentar entender seu ponto de vista, seus sentimentos e suas atitudes. Quando praticada, suas armaduras pessoais agressivas são deixadas de lado e os impulsos idem. O desafio é chegar a um equilíbrio entre os dois. Maravilhoso para os casais!
A empatia é o diamante a ser lapidado entre os seres animados e inanimados em prol de uma humanidade irmanada.
a) Manifeste real interesse pelo outro, compartilhe algo de sua vida e espontâneamente repita algumas frases do seu interlocutor. Sempre na verdade, pois empatia não comporta nada forçado ou ensaiado.
b) Procure ver sempre pela realidade do outro, com seus filhos por exemplo, sobrinhos… Leve em conta sempre suas capacidades ainda reduzidas pela idade; ponha limites sempre respeitando suas fantasias e forma psíquica de ser. Esta norma é para ser estendida a todos seus relacionamentos, não julgue, critique ou seja intolerante com as tias solteironas ou os velhos pais.
c) Pratique, pratique, pratique. Se quiser ser um líder sem empatia, você jamais chegará ao topo sob o enfoque da psicologia social que preconiza acima de tudo estar atento às necessidades do outro sem gerar mágoas e desenvolvendo sempre o “ouvido emocional”.
d) Inverta a rotina da sua vida. Aprenda a “olhar pelo avesso” todos os acontecimentos da vida. Não é bancar a Poliana, mas entregar os problemas que se apresentam no seu cotidiano a uma Força maior que aguarda que você faça a sua parte pois a Dela está sempre abundantemente a seu dispor.
Faça pequenas alterações no seu cotidiano, ajude sua esposa nas tarefas domésticas e você esposa, deixe seu marido curtir o futebol em paz. Deixe o carro na garagem e vá de metrô ou ônibus, sentir empaticamente o que é ser “povo”.
Gradativamente vamos conhecendo os itens consagrados pela inteligência social e gostaria muitíssimo – já praticando, de ter um feedback de alguma vivência dos meus leitores. Que tal começarmos já o treinamento da inteligência social?
Axé na Luz!