por Elisa Kozasa
“É muito comum nos preocuparmos mais em apontar as fraquezas das pessoas ao invés de identificar as fortalezas. É possível que ao focalizar nossas atenções e ações em nossas fortalezas e virtudes e também nas de outras pessoas, possamos trazer uma mudança radical na maneira como nos relacionamos com elas” Quando pensamos a respeito das principais áreas de conhecimento relacionados à mente e comportamento, geralmente associamos ao estudo das doenças ou dos transtornos mentais. De fato, boa parte da psiquiatria e da psicologia modernas focalizam o diagnóstico e tratamento desses transtornos.
A psiquiatria, por exemplo, é extremamente eficaz no diagnóstico de transtornos mentais. A cada edição o DSM (o principal manual de diagnóstico dos transtornos mentais), torna-se mais complexo e com maior número de páginas.
Porém, há uma área dentro da psicologia, conhecida como Psicologia Positiva que procura estudar, pelo contrário, as virtudes e fortalezas de nossa personalidade, buscando o desenvolvimento do indivíduo ou das comunidades.
Esta área foi fundada na crença de que as pessoas querem ter uma vida cheia de sentido e satisfação, para cultivar o que há de melhor nelas mesmas, e para melhorar suas experiências cotidianas. Ao invés de focalizar os problemas, procura incentivar o desenvolvimento das características positivas de indivíduos, comunidades e instituições.
Para tanto, a Psicologia Positiva apresenta três pontos centrais: o estudo das emoções positivas, dos traços individuais positivos e instituições positivas.
As emoções positivas são entendidas como necessárias para o sentimento de contentamento quanto aos fatos passados, felicidade quanto ao momento presente e esperança quanto ao futuro.
Os traços individuais positivos, como as nossas fortalezas e virtudes, consistem na nossa capacidade para amar e trabalhar, na coragem, compaixão, *resiliência, criatividade, curiosidade, integridade, autoconhecimento, moderação, autocontrole e sabedoria.
As instituições positivas, por sua vez, permitem dentre outros resultados, o desenvolvimento de comunidades melhores, mais justas, responsáveis, civilizadas, éticas e tolerantes.
O contentamento quanto aos fatos passados, por exemplo, depende da compreensão da imutabilidade dos eventos que já ocorreram e da postura de aprendizado com os mesmos, ao invés do cultivo do arrependimento ou mágoa. Essa postura provavelmente resultará numa maior probabilidade de viver o momento presente de maneira mais feliz, e de sentir-se otimista e esperançoso quanto ao futuro.
É muito comum nos preocuparmos mais em apontar as fraquezas das pessoas ao invés de identificar as fortalezas. É possível que ao focalizar nossas atenções e ações em nossas fortalezas e virtudes e também nas de outras pessoas, possamos trazer uma mudança radical na maneira como nos relacionamos com elas.
Muitos de nós, após várias decepções profissionais, acabamos achando normal que em nosso local de trabalho haja competição, corrupção e favoritismos injustos e injustificados. Porém, a preocupação em criar um ambiente de trabalho mais responsável, gentil e ético pode transformar a maneira como nos dedicamos a uma instituição.
*Resiliência é a “habilidade de voltar rapidamente para o seu estado de saúde ou espírito depois de passar por doenças, dificuldades, etc.
Vamos valorizar, cultivar e desenvolver o melhor em nós e nos outros!
Dicas de leitura:
Positive Psychology Center: http://www.ppc.sas.upenn.edu/
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