por Tatiana Ades
Muitos de nós adultos, costumamos acreditar que a nossa infância é apenas uma fase longínqua, passada e esquecida.
Longe de ser um passado, nossa criança interior está presente em todos nós e ao a identificarmos, conseguiremos o autoconhecimento necessário para lidar com questões importantes do cotidiano, inclusive na nossa vida amorosa.
Podemos ter dentro de nós uma criança que ainda sofre, pois passou por situações catastróficas no passado. Essa criança grita por socorro e nós não a ouvimos, pois não estamos acostumados a pensar na vida como uma continuidade onde dentro de nós o passado impera.
Se a nossa criança do passado sentiu-se abandonada, provavelmente nos sentiremos muito mais propensos a sofrer com o abandono na vida adulta; teremos sensações de medo de quebras de relacionamentos e de perder a pessoa amada. O sofrimento de nossa criança interior se manifestará em nós adultos.
O processo terapêutico ajuda na descoberta dessa criança, na percepção de quem ela era, se sofreu, se sentiu angústia, solidão, medo, abandono e desamparo. E nessa descoberta iremos conseguir identificar pontos importantes do nosso comportamento, podendo reaprender a lidar com o ciúme, abandono, separação, sensação de baixa autoestima etc.
Pense na sua criança interior e encontre formas de acalmá-la (veja aqui), você perceberá que a sua vida terá muito mais controle e menos sensações de desapego.
É importante que o nosso autoconhecimento envolva toda a nossa história de vida e que nós adultos reconheçamos que a nossa infância teve e ainda tem um papel fundamental em quem somos e por que somos.
A nossa criança interior pode ser a chave para a nossa libertação!