por Marta Relvas
O envolvimento do pai na educação da criança estimula as funções cognitivas e socioemocional na aprendizagem?
Por muito tempo a educação dos filhos perante à sociedade era responsabilidade da mãe. Esse comportamento foi adquirido e construído meramente por questões culturais.
Hoje, novas tendências e rearranjos familiares estão frentes às outras possibilidades de organização familiar. Ou seja, cada vez mais, os homens assumem a tarefa de educar os filhos sem a presença feminina.
Alguns fatores vêm contribuindo para que os homens assumam esse papel mais consciente de educador familiar. Por exemplo: quando encontram-se diante de uma situação de separação, no momento de viuvez, ou na escolha de um novo formato de casamento, ou até na decisão de exercer a paternidade mais intensamente, ressignificando a formatação da família. Sem dúvida, o pai pode e deve assumir toda a responsabilidade de educar os filhos nesses casos.
Como o pai pode promover através da educação a plasticidade neural intencional do cérebro das crianças?
Estratégias educacionais nas atividades lúdicas, cognitivas e afetivas como ferramentas potencializadoras de estímulos:
1 – Disponibilize o tempo com qualidade, entregando-se afetivamente para aquele momento, evite desfocar da situação;
2 – Escolha junto com a criança os jogos analógicos e/ou digitais para estimular as brincadeiras integrativas – cognitiva, afetiva e social;
3 – Estimule a leitura e a 'contação de história', essas estratégias podem aumentar o potencial criativo e a inteligência da criança, estimulam a produção de neurotransmissores do prazer;
4 – Planeje passeios ao ar livre e peça para que a criança conte o que mais gostou ou não;
5 – Ouça músicas, dance;
6 – Realize um simples caminhar até um supermercado, permita que a criança use o sensorial para também escolher os alimentos;
7 – Promova atividades lúdicas orientadas; a brincadeira é um estímulo e auxilia na construção neurobiológica cognitiva, afetiva e social do relacionamento entre o pai e a criança;
8 – Sorria mais;
9 – Fale sério quando perceber que a criança precisa de mais orientações e regras para conviver melhor socialmente;
10 – promova mais liberdade para aprender com responsabilidade.
Pesquisas mostram que crianças, quando estimuladas no momento certo e com bons estímulos, têm chances de ter cérebro potencializado.