As crises de relacionamento bem como as existenciais estão cada vez mais frequentes entre nós. Deparo-me com muitas pessoas em situações como essas. Isso tudo é decorrente da falta de orientação sobre o que é o amor, o que é amar e a empatia.
Por isso, faço uma reflexão de que deveríamos lá atrás, na nossa época de escola, termos aulas de como não complicar as relações amorosas e sobre o que é o amor e aprendermos mais sobre a empatia. Porque o amor é arte da simplicidade no poder de ser empático. E arte se faz com poesia, com sentimentos, sensibilidade e com empatia pelo outro. E se é tudo isso que sentimos no ato de nos relacionarmos com o outro, isso deveria ter sido ensinado. Vocês concordam?
Empatia não é apenas se colocar no lugar do outro
Não nos ensinaram as várias nuances sobre o amor e sobre o amar. Não ensinaram a olhar com mais empatia para o problema social alheio. Não nos ensinaram sobre escutar e sobre verdadeiramente se importar com o outro. Isso é amor: importar-se com o outro. Explico sempre aos pacientes que a empatia não é sobre apenas se colocar no lugar do outro. É sobre sentir a dor do outro. Sobre vivenciar, respeitar, acreditar e estender a mão sem olhar a quem.
Porque o amor é semelhança e não diferença. Semelhanças no ato de sentir que vai muito mais além do que qualquer outro argumento necessário ou justificativa. Amar alguém é dar uma festa em nossos corações. É ter brilho de novo e tudo novo no nosso olhar. Quando se ama alguém, exalamos vida e sorrisos ao mesmo tempo. É sentir a tal química, não explicada pela ciência até hoje, borbulhando no nosso corpo e mente nesse momento que é único. Amar alguém faz você acordar pensando, passar o dia lembrando e, ainda por cima, deitar com saudades. Costumo dizer que quando se ama, fala-se com os olhos, enxerga-se com os lábios e escuta-se com o coração, sentindo na alma a presença do outro. Simples assim.
Por que não nos ensinaram a amar?