por Thaís Petroff
Inúmeras vezes no início do ano as pessoas se propõe a conquistar diversas metas, modificar comportamentos, não repetir os mesmos erros… Esses objetivos são louváveis e devem mesmo ser programados.
No entanto, será que após o início do ano essas metas permanecem em pauta ou já foram engavetadas?
Creio que o trabalho mais difícil seja manter-se focado e alinhado no que se propôs a fazer.
Há inúmeras coisas que podem nos distrair: compromissos do dia a dia, situações de conflito, dificuldades para realizar algo que se planejou executar etc.
Cartões de enfretamento: lembretes impulsionadores
A melhor maneira de não nos perderemos é ter claro as razões pelas quais queremos fazer as mudanças ou conquistar algo e inclusive, se possível, escrevê-las e mantê-las consigo. Isso ajuda a ter mais força e motivação frente às situações que poderiam nos fazer sucumbir. Essa estratégia é utilizada dentro da TCC (terapia cognitivo-comportamental) e pedimos aos pacientes que escrevam cada razão de querer fazer algo em um pequeno cartão (ou mais cartões) e, sempre que tiver de enfrentar algo ligado àquela situação, lê-lo, tendo assim mais impulso para enfrentar o que virá. Desse modo chamamos esses lembretes impulsionadores de cartões de enfrentamento.
Aprenda com experiências e erros: mude a estratégia
Outro ponto importante que pode auxiliar a não se desviar do caminho é o de aprender com as experiências e os erros. Todos temos histórico de termos tentado algo e não ter dado certo. Esse é um importante material para autoconhecimento e também para nos auxiliar nos próximos passos em direção àquilo que queremos. A partir dos erros e experiências que tivemos, podemos ir ganhando mais e mais consciência e ajustando nossa mira em direção ao que desejamos. É como se praticássemos diversas vezes arremessar uma bola de basquete ao cesto e a cada arremesso vamos tendo mais noção da força que devemos utilizar, da distância a nos colocar, do ângulo que deve ser jogada etc.
Sem as tentativas anteriores, seria muito difícil acertar logo no primeiro arremesso, a bola no cesto e, mesmo que o fizéssemos, seria por sorte e não por que nos apropriamos da técnica, o que muito provavelmente não nos faria acertar da segunda vez. Desse modo, devemos aprimorar nossa percepção a respeito dos erros e vê-los como base necessária para o acerto, para o sucesso de nossos planos. Errar como fruto de uma tentativa é a mostra de que se está testando um jeito diferente de se fazer algo e por isso não se está parado. Se nos utilizarmos desse nosso histórico para não repetir os mesmos passos e, baseado nele, caminharmos em direção ao que ambicionamos, cada vez mais nos aproximaremos de nossos objetivos.
Aproveite essa época do ano ainda envolta em planos de renovações e conquistas e teste essas dicas praticando o que foi descrito.