Ser pai ou mãe não é nem de longe uma tarefa fácil. Criar um filho já é suficientemente desafiador; você precisa prover alimento, segurança física, moradia entre outros. Mas, está é a parte mais básica. O que realmente nos coloca em xeque é que temos a função de educar esse ser.
Quando temos um filho, temos a responsabilidade de ampará-lo em seus primeiros passos na vida, auxiliá-lo e estimulá-lo a se tornar um indivíduo; ou seja, um ser não dividido, integrado e consciente de quem é. Fato é que nós mesmos temos nossas dificuldades, nossas negatividades e nossa sombra e, o percurso da maternidade ou paternidade, precisa se dar mesmo assim. É observando e lidando com nossas questões e ao mesmo tempo educando este ser, que essa construção precisa se dar. Se ignoramos essa realidade, tudo que não está sendo olhado, irá imergir e atuará nessa relação, inconscientemente, trazendo danos e atrapalhando o desenvolvimento dessa pessoa sob a qual temos a tutela nesta vida.
Caminho para uma educação mais verdadeira
Por outro lado, quanto mais reconhecemos nossas dores e negatividades e mais as aceitamos, dispostos a lidar com elas em vez de negá-las, mais fluida e verdadeira se dará a educação de nossos filhos, ultrapassando somente a criação de boas maneiras ou bons hábitos, mas também, estimulando-os realmente em sua experiência de ser no mundo. Possivelmente assim, economizando anos de terapia para terem que descortinar a verdade sobre eles mesmos e sobre as relações à sua volta.
Desse modo, ser pai ou mãe é tarefa desafiadora, pois precisamos continuamente nos propor a olhar para nós mesmos, fazer nosso trabalho de autoconhecimento, para só então, desse modo, poder ajudar essa pessoa a ser alguém melhor. Do contrário, o que podemos fazer é muito mais atrapalhá-lo. Nossa missão e responsabilidade são grandes, mas os frutos também quando vemos o resultados positivo de nosso esforço estampado naquele que cresce diante de si.
Reflita sobre isso.