Estou preparada para curtir o sexo sem me envolver?

por Arlete Gavranic

Falar em relacionamento sempre dá trabalho! Vivê-los então é mais difícil ainda. Como alimentá-los? Como manter o erotismo e o desejo sem cair na mesmice? Como encontrar uma parceria? E enquanto não encontro… ?

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Para muitas mulheres o mais difícil é encontrar alguém disposto a viver um relacionamento.

Pensando nessas questões o editor do Vya Estelar me sugeriu uma série de artigos sobre modalidades de relacionamento.

Vamos falar de possibilidades que, na teoria parecem bem interessantes, mas… quando postas em prática… Será que sempre funcionam? É tão simples ou tão ideal quanto parece?

Este primeiro é sobre o pau amigo (PA), antigamente esse tipo de relação era chamada de amizade colorida, os outros dois serão sobre as possibilidades do swing e os relacionamentos abertos.

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O que fomentou o surgimento de relações ocasionais?

Com o crescimento das cidades e consequentemente das aglomerações urbanas, poderíamos pensar que isso facilitaria encontros e possíveis relacionamentos. Mas nem sempre isso se torna realidade. A convivência nas grandes cidades é corrida e muitas vezes dificultada pelo excesso de compromissos, trânsito e pelas dificuldades pessoais: como timidez, baixa autoestima… Sem contar que esses fatores tornam as relações mais superficiais.

As diferenças culturais e econômicas também criam desigualdades que dificultam tanto para conhecer, como para se envolver com outros disponíveis para viver um relacionamento.

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Mas o que é na prática ter um PA?

Muitos podem ser os sinônimos para PA: sexo sem compromisso, amizade colorida, rolo, ficante… É aquela relação que acontece eventualmente, pelo prazer de estarem juntos – naquele momento –, por estarem sozinhos ou em fase de buscar outro relacionamento, e para suprir a carência e o desejo de sexo.

Esse PA pode ser um amigo, um colega, um conhecido… Enfim uma pessoa por quem você tem simpatia e até afinidades, e não se sente constrangida em ir para cama com ele só para curtir um prazer sem envolvimento afetivo e muito menos cobranças no dia seguinte.

Mas para viver bem essa relação com um PA é importante ter clareza sobre

Duas regras de ouro para ter um PA sem traumas:

– 1ª não se envolver;

– 2ª não existem cobranças nessa relação.

Principalmente para as mulheres essa primeira regra é importantíssima. Encarar aquele colega como alguém legal para viver alguns momentos de prazer enquanto for legal e desejado pelos dois. Nada de começar a criar expectativas, esperar frequência, telefonema no dia seguinte ou começar achar que o PA tem que virar namoradinho, e menos ainda dividir essas expectativas com tom de cobranças, pois aí dançou, perdeu o amigo e o pau!

É por isso que digo que nem todas as pessoas – principalmente mulheres, estão preparadas para viver essa relação com prazer e sem pretensão. Se um dos lados tiver característica de personalidade controladora, possessiva, ou ainda tiver uma necessidade de se autoafirmar através de uma conquista (e isso acontece muito com pessoas com baixa autoestima), esse padrão de relacionamento provavelmente não dará certo, pois as expectativas vão gerar cobranças e sofrimento, caso essa pessoa não tenha uma estrutura de personalidade para esse tipo de envolvimento.

Reflita!

Quem sempre busca o sentido da vida através do fato de encontrar numa outra pessoa a razão de viver, a ”outra metade da laranja’, é por que não se sente capaz e inteira para efetuar conquistas. Por isso tende a idealizar qualquer relação e passa a cobrar um padrão de relacionamento que existiu só na fantasia.

PA é prazer, curtição no momento presente e nada de compromisso! Ok?

Estou preparada para ter um PA?

Se você sabe bem o que quer; se dá o direito de ter prazer em relações ocasionais com quem tenha afinidade ou simpatia; não deseja se envolver; tem clareza dos limites dessa relação… Aí sim você pode se divertir e viver essa intimidade sem problemas.