por Emilce Shrividya Starling
Mesmo que experimentemos sucesso na profissão, felicidade no amor, bens materiais, saúde física e emocional, ainda assim, ficaremos insatisfeitos, se não cultivarmos as sementes da divindade em nosso interior.
Precisamos abrir nossos corações para essa experiência. Sentir a divindade na paz da nossa mente, nos sentimentos de paciência e compaixão, na grandeza da natureza, no sorriso de uma criança, no voo dos passarinhos.
É uma evolução espiritual perceber que Deus habita em toda parte, em cada folha, na beleza de uma árvore, na risada alegre de nossos filhos e netos, na bondade de nosso coração.
Quando descobrimos nosso verdadeiro Eu, nosso Ser interior, nós ficamos alinhados com a força criativa do universo, com a fonte de toda a criação e podemos desenvolver nossas potencialidades para sermos mais felizes.
Como descobrir o Ser interior? Para termos essa experiência é essencial praticarmos a meditação e o relaxamento profundo.
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Uma atitude de devoção a Deus também nos faz sentir a divindade dentro de nós. E uma maneira de nos conduzir a essa experiência é através dos cantos dos mantras.
Enquanto ficarmos apenas vivenciando nosso ego não saberemos quem somos verdadeiramente. O ego reflete nossa personalidade, nossa autoimagem e nossa máscara social.
O ego se sente inseguro e vive com medo. Por isso, ele necessita de controle, de aprovação, de poder e de posses. E se ficarmos presos a esse ego, nós nos deixamos influenciar pelas situações, acontecimentos e pessoas. Ficamos com ansiedade, apegos e medo.
Quando mergulhamos em estados profundos da mente através das práticas do Yoga, sentimos destemor, contentamento, tranquilidade e entusiasmo. Sentimos apoio interno que nos ajuda a superar os desafios.
Ao compreender e experimentar nossa própria divindade, não nos sentimos inferiores e nem superiores a ninguém, pois reconhecemos que o mesmo Ser interior habita em todas as pessoas. Isso nos faz sentir humildade e respeito por todos.
O poder do ego é passageiro e falso porque depende do dinheiro, dos cargos e das posses. E desaparece quando terminam suas fontes. Daí surgir a depressão, a insatisfação e a tristeza.
É importante encontramos o equilíbrio na vida, alcançando nossas metas, sucesso profissional, realização no amor e pessoal, mas entendendo que quanto mais nos aproximarmos de nossa fonte interior, mais seremos felizes.
Essa experiência do Ser interior não é intelectual ou experimentada através de livros ou palestras. Para essa vivência, precisamos do apaziguamento, de momentos de silêncio e meditação diários.
Se você deseja experimentar a paz da mente, a criatividade e a alegria interior assuma o compromisso de reservar um tempo para se sentar para meditar ou para um relaxamento profundo deitado. Se não se entregar a essa busca de quietude, você aumentará a turbulência em sua mente, com diálogos em seu interior, ora lhe levando para tristezas do passado, ora lhe envolvendo nas expectativas pelo futuro.
Evite também julgamentos e críticas que são manifestações do ego. Se você fica constantemente julgando, avaliando, rotulando e criticando, você cria muita turbulência em seu diálogo interior. Essa agitação afasta você de sua verdadeira essência, restringe o fluxo de energia entre você e o campo da potencialidade e criatividade. Ao criticar e julgar, você fica atolado no ego que tira a serenidade e lhe aprisiona nos pensamentos de inquietação e raiva.
Ao acordar e durante seu dia lembre-se, várias vezes: "Hoje não julgarei nada que aconteça". Perceba o poder do não julgamento. Perceba como sua mente fica menos agitada, como vai se sentir mais tranquilo. Além de se tornar uma boa companhia para os outros, você também se sentirá bem na sua própria companhia.
Através da prática da meditação, você entra na experiência do silêncio da mente e terá também mais controle sobre sua fala, evitando falar demais, de maneira negativa ou falar mal dos outros.
Entenda que quando começa a meditar, você primeiro sente o caos da mente e pode perceber que seu diálogo interior fica mais turbulento. Mas, insista, não desanime. Com a prática regular, com seu doce autoesforço, a mente desiste de lhe perturbar, e finalmente, ela começa a se aquietar.
Encontre a paz de espírito, recolhendo-se em seu interior, através da meditação. Comece por dez ou quinze minutos. O importante é começar. Se entregue e persista. Você merece! Fique em paz!